Nessa data servimo-nos
das referências que se encontram numa Carta que o Príncipe D. João, futuro Rei
D. João VI, enviou à sua irmã a Infanta Mariana Vitória, no dia seguinte à
visita ao Mosteiro.
Mas também nesse mesmo
dia, 16 de Outubro, a rainha D. Maria I escreveu à filha, partilhando as
novidades da jornada. Nessa carta, e numa outra enviada quatro dias depois, a Rainha
deixa a sua apreciação do que viu aquando da visita ao Mosteiro.
São essas breves apreciações
que partilhamos agora, pois se a Rainha se mostra encantada com a igreja e as
capelas, fica de alguma forma insatisfeita com a parte conventual que pôde
visitar.
Ontem fomos à Batalha, que achei magnífica, a igreja e a
capela em que está enterrado el-Rei D. João o Primeiro e a mulher e filhos e
também umas capelas, que estão por acabar. Mas tudo me faz muita tristeza,
faltando-me teu pai.[1]
Na Carta de 20 de
Outubro, a Rainha comenta:
Fomos à Batalha. Achei a igreja magnífica e a capela aonde
está enterrado el-Rei D. João o Primeiro. O convento não é bom.[2]
[1] LÁZARO, Alice – Com o mais fino Amor. Cartas Íntimas da Rainha Dona Maria I para a Filha (1785-1787). Lisboa, Chiado Editora, 2014, página 283.
[2]
LÁZARO, Alice – Com o mais fino Amor. Cartas Íntimas da Rainha Dona Maria I
para a Filha (1785-1787). Lisboa, Chiado Editora, 2014, página 285.
Caro Frei José Carlos,
ResponderEliminarÉ sempre com muita satisfação que leio o que escreve e divulga sobre os documentos históricos ainda que possam ser “breves apreciações” como estas feitas por D. Maria I aquando da visita em Outubro de 1786 ao Mosteiro da Batalha.
Que este post seja o “indício” de outras partilhas. Bem-haja. Que o Senhor o abençoe e o guarde.
Votos de uma boa semana. Bom descanso.
Um abraço mui fraterno,
Maria José Silva
Certamente o convento dominicano tinha poucas semelhanças com as instalações onde vivia a Rainha.
ResponderEliminarDaí, ela achar que o convento não era bom. Ou seria mesmo mau? Pobre era, com toda a certeza...
Inter Pars