terça-feira, 22 de março de 2011

As minhas necessidades…

De que tenho eu necessidade?
Eu não tenho necessidade, sobre a terra, de nada mais que o necessário.
De que tenho eu necessidade?
Tenho necessidade do Senhor, tenho necessidade da sua graça, do seu reino em mim.
Sobre a terra, neste lugar da minha aprendizagem provisória e efémera não tenho nada de próprio, tudo é de Deus e tudo é transitório, destinado ao meu uso provisório. A minha abundância é a indigência dos meus irmãos mais pobres.
De que tenho eu necessidade?
Tenho necessidade de um amor verdadeiro, cristão, vivo, activo. Tenho necessidade de um coração amante, pleno de compaixão para com os meus irmãos. Tenho necessidade de me alegrar pelo seu bem-estar e pela sua prosperidade, necessidade de me compadecer das suas penas e doenças, dos seus pecados e fraquezas, das suas deficiências e desastres, da sua pobreza. Tenho necessidade, por eles, de uma calorosa e sincera simpatia em todas as circunstâncias das suas vidas, para me alegrar com aqueles que se riem e para chorar com aqueles que choram

3 comentários:

  1. Frei José Carlos,

    Ao ler o texto que partilha connosco, hesito muito se devo deixar uma palavra. Receio não ser oportuna. É pessoal, corajoso, é uma auto-confissão, se interpreto bem.
    Que o Senhor proteja e ilumine o Frei José Carlos na caminhada que vai peregrinando, concedendo-lhe a Sua graça, num coração generoso e misericordioso para com o seu semelhante.
    Obrigada pela partilha que nos inspira e ajuda. Bem haja.
    Um abraço fraterno
    Maria José Silva

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  2. Como vem ao encontro dos nossos vazios, Frei José Carlos,partilhando connosco o que nos perguntamos diariamente, quando o egoismo nos indica o caminho do que desejamos... Pelas lúcidas e reconfortantes palavras que muitas vezes não encontramos, que o Senhor o ajude e o mantenha junto de nós.
    GVA

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  3. Frei José Carlos,

    Ao ler este pequeno texto,fiquei em silêncio comigo própria,realmente,só temos necessidade do Senhor e da sua graça.
    Só um coração nobre e belo é capaz de partilhar tão profundamente connosco.Bela confissão que nos ajuda a meditar.Frei José Carlos,obrigada pela sua maravilhosa coragem,como nos diz no texto,só quem tem um coração amante e cheio de compaixão pelos seus irmãos.Gostei muito,pois necessitamos também,de um amor verdadeiro,critão,vivo,activo.Bem haja.
    Um abraço fraterno.
    AD

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