Quem deseja
viver, no sentido pleno da palavra, sabe da necessidade de rupturas e de
mortes, nas quais se tem a impressão de tudo perder.
Não há vida
sem despossessão, porque não há vida sem amor nem amor sem abandono de toda a
possessão, sem gratuidade absoluta, dom de si próprio na confiança desarmada.
Amar alguém
não é preferi-lo à própria vida?
Sem a morte
não há nada que possamos preferir a nós próprios.
Estar pronto
a dar a sua vida por alguém é verdadeiramente a prova decisiva do nosso amor.
Aquém desse
dom, nós ainda não amámos; ou pelo menos, não amámos mais que a nós próprios.
Adrien Candiard, Pierre et Mohamed, 55.
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