Henrique Suzo, o Beato Henrique Suzo de quem hoje a Ordem dos Pregadores comemora a memória morreu em Ulm em 25 de Janeiro de 1366. Discípulo do Mestre Eckhart e amigo de João Tauler é um dos expoentes da chamada mística renana, uma corrente espiritual que se desenvolveu no século XIV nas margens do Reno e que vai ter uma influência enorme em outros místicos posteriores como Santa Catarina de Sena, Santa Teresa de Ávila, frei Luís de Granada, entre outros.
É de uma carta de Henrique Suzo a uma monja sua dirigida o excerto que se segue, um manifesto de espiritualidade equilibrada e sã.
“Um sábio não deve sacrificar a sua interioridade nos altares das ocupações exteriores, nem tão pouco recusar as ocupações exteriores para preservar a sua interioridade. O verdadeiro sábio, durante a actividade exterior, ocupará o seu espírito com santos desejos, de modo que não lhe custe muito recolher-se de novo no seu interior; e por sua vez, nos exercícios interiores manterá o seu espírito tão desprendido que possa atender qualquer assunto exterior que o reclame, quando o tempo e a razão o peçam. Desta forma, sairá e entrará, e em tudo terá paz, como diz o Sábio (Si 24,11) e em ambos os aspectos da vida a sua alma encontrará alimento como disse o Salvador (Jo 10,9)”[1].
[1] SUZO, Henrique – Obras. Exemplar y Cuatro Sermones Alemanes. Salamanca, Editorial SanEsteban, 2008, 568.
É de uma carta de Henrique Suzo a uma monja sua dirigida o excerto que se segue, um manifesto de espiritualidade equilibrada e sã.
“Um sábio não deve sacrificar a sua interioridade nos altares das ocupações exteriores, nem tão pouco recusar as ocupações exteriores para preservar a sua interioridade. O verdadeiro sábio, durante a actividade exterior, ocupará o seu espírito com santos desejos, de modo que não lhe custe muito recolher-se de novo no seu interior; e por sua vez, nos exercícios interiores manterá o seu espírito tão desprendido que possa atender qualquer assunto exterior que o reclame, quando o tempo e a razão o peçam. Desta forma, sairá e entrará, e em tudo terá paz, como diz o Sábio (Si 24,11) e em ambos os aspectos da vida a sua alma encontrará alimento como disse o Salvador (Jo 10,9)”[1].
[1] SUZO, Henrique – Obras. Exemplar y Cuatro Sermones Alemanes. Salamanca, Editorial SanEsteban, 2008, 568.
Boa tarde, Frei José Carlos
ResponderEliminarApós a leitura dos últimos artigos, achei muito interessante esta definição de espiritualidade equilibrada e sã que o beato Henrique de Suzo dá porque, no tempo presente, existe uma corrente desenfreada de activismo que não ajuda a viver o que há de mais perene no ser humano. Que este grande Santo nos ajude a viver tão grande ensinamento, no dia a dia.
Obrigada Frei J. Carlos pelas suas sábias e belas escolhas.
F. L.