Absorta em vossas finezas / Oh! Majestade divina
Para ser toda louvores / Quisera ser toda línguas.
Mas ai que uma língua humana / E mais sobre humana indigna
Não explica tanto aplauso / Tanto louvor não explica.
Mas Senhor, rompo o silêncio / Pois Vós me dais ousadia
Quando no que me acobarda / Acho o mesmo que me anima.
Porque se objecto tão grande / Por grande me atemoriza
Essa grandeza me alenta, / Quando tão breve se cifra.
Quando no que me acobarda / Acho o mesmo que me anima.
Porque se objecto tão grande / Por grande me atemoriza
Essa grandeza me alenta, / Quando tão breve se cifra.
Que como vosso querer / Faz das finezas delícias
Para me dar confianças / Por fineza vos limita.
Oh! Que extremos tão amantes / Senhor, meu discurso admira
No Misterioso discurso / De vossa temporal vida.
Para me dar confianças / Por fineza vos limita.
Oh! Que extremos tão amantes / Senhor, meu discurso admira
No Misterioso discurso / De vossa temporal vida.
Porque desde que amoroso / Descestes da Corte impirea
A levantar as humildades / A exercitar maravilhas.
Tão finamente ostentastes / Acções de amor sempre finas,
Que são só para admiradas / Mas não para encarecidas.
A levantar as humildades / A exercitar maravilhas.
Tão finamente ostentastes / Acções de amor sempre finas,
Que são só para admiradas / Mas não para encarecidas.
Oh! Quanto, Senhor, ò quanto / Com a desse Pão combina
Aquela que exercitastes / Tanto em favor do Baptista.
Porque assim como encerrado / Naquela custódia divina
Cuja divina pureza / Esse candor simboliza.
Aquela que exercitastes / Tanto em favor do Baptista.
Porque assim como encerrado / Naquela custódia divina
Cuja divina pureza / Esse candor simboliza.
Assim como entronizado / Nas entranhas de Maria
Aquele rosal de luzes, / Aquele céu de boninas.
Ao Precursor visitastes / Para que com tal visita
Não só ficasse o mais Santo / Mas parecesse o Messias.
Aquele rosal de luzes, / Aquele céu de boninas.
Ao Precursor visitastes / Para que com tal visita
Não só ficasse o mais Santo / Mas parecesse o Messias.
Assim também nessa hóstia / A que todo o céu se humilha
Por custódia abreviada / Dessa deidade infinita.
Almas visitais amante / Porque quereis vida minha
Não só que fiquem mui santas, / Mas que pareçam Baptistas
Por custódia abreviada / Dessa deidade infinita.
Almas visitais amante / Porque quereis vida minha
Não só que fiquem mui santas, / Mas que pareçam Baptistas
Oh! Que visita tão útil / Pois as almas santifica,
E às mesmas almas que busca / De Baptistas acredita.
O quem deste grande luzeiro / Que de vós luz participa
Participará de graça / Tomará exemplo da vida!
E às mesmas almas que busca / De Baptistas acredita.
O quem deste grande luzeiro / Que de vós luz participa
Participará de graça / Tomará exemplo da vida!
Para poder receber-vos / Tão puramente, e tão digna
Que com ele exercitará / Demonstrações de alegria.
Mas ai que quem por instantes / De méritos multiplica
Não pode ostentar prazeres / Em quanto teme ruínas.
Que com ele exercitará / Demonstrações de alegria.
Mas ai que quem por instantes / De méritos multiplica
Não pode ostentar prazeres / Em quanto teme ruínas.
Ai que não pode quem teme, / Que o favor se mude em iras
Em rigores a clemência / As piedades em justiça.
Imitar ao maior Santo / Nas demonstrações festivas
Porque não imita glórias, / Quem méritos não imita.
Em rigores a clemência / As piedades em justiça.
Imitar ao maior Santo / Nas demonstrações festivas
Porque não imita glórias, / Quem méritos não imita.
Mas se em favor da minha alma / Se interpuser por valia
Aquela Mãe e Donzela, / Que vos gerou com um Fiat.
Se me apadrinhar aquele / De quem foi doce madrinha
Quando nasceu como aurora / Para que nascesse o dia.
Aquela Mãe e Donzela, / Que vos gerou com um Fiat.
Se me apadrinhar aquele / De quem foi doce madrinha
Quando nasceu como aurora / Para que nascesse o dia.
Alcançarei tais venturas / (Pois logro a mesma visita)
Que faça alegres mudanças / Para firmezas divinas.
E agora imitando o canto / Daquela Ave peregrina
Que do Espírito mais puro / Aprendeu a poesia.
Que faça alegres mudanças / Para firmezas divinas.
E agora imitando o canto / Daquela Ave peregrina
Que do Espírito mais puro / Aprendeu a poesia.
Vos engrandece a minha alma / Na visita da Eucaristia
Segura em que há-de agradar-vos / Com os versos de Maria.
Fazei que tão alto chegue / Minha voz posto que indigna
Que chegue a Vós, e convosco / Tome a respiração precisa.
Segura em que há-de agradar-vos / Com os versos de Maria.
Fazei que tão alto chegue / Minha voz posto que indigna
Que chegue a Vós, e convosco / Tome a respiração precisa.
Frei José Carlos,
ResponderEliminarFaltam-me tantas vezes as palavras para O louvar como vejo nestes versos de Sor Violante:
"Mas ai que uma língua humana / E mais sobre humana indigna
Não explica tanto aplauso / Tanto louvor não explica."
Tenho-O no pensamento e ficam-me os louvores no coração e nas vossas palavras sobre o altar que faço minhas,como tão bem compreendo em Sor Violante:
"Vos engrandece a minha alma / Na visita da Eucaristia
Segura em que há-de agradar-vos / Com os versos de Maria.
Fazei que tão alto chegue / Minha voz posto que indigna
Que chegue a Vós, e convosco / Tome a respiração precisa."
Bem haja pela partilha tão sublime.
GVA
Frei José Carlos,
ResponderEliminarQue lindo! Este Solilóquio ao Santíssimo Sacramento. Como Sor Violante traduz de forma tão bela e apaixonante, o seu amor tão íntimo para com Jesus. Que o seu exemplo, seja um estímulo para nós.
Um agradecimento muito especial, para si, Frei J. Carlos, pelo trabalho que teve, a pensar em nós.