quarta-feira, 23 de junho de 2010

Oração de São Pedro Damasceno

Eu sou terra e cinza, poeira, transgressor, carrasco de mim mesmo. Tanto pequei e peco cada dia. Contudo Senhor, deste-me a possibilidade de profundamente conhecer alguma coisa dos teus actos e das tuas palavras, e de ousar interrogar-te sobre eles. Tu és invisível a toda a criação, mas penso que pela fé te posso ver. Perdoa-me a audácia e a ousadia.
Porque, Senhor que conheces os corações, tu sabes que não te interrogo indiscretamente, mas procuro aprender. Eu creio que se sou digno do conhecimento que vem de ti, no teu amor pelo homem me darás também, como àqueles que te desejam, a força de trabalhar na tua obra, tanto quanto me é possível, imitando a tua vida na carne pela qual recebi a graça de ser chamado cristão.

2 comentários:

  1. Frei José Carlos,

    Que profunda, plena e bela oração que nos oferece para meditar, para nos inspirar, para orar, e que ilustrou com tanta beleza, qual “essência” que surgindo do interior da terra, ganhou vida e força, espinhos e desabrochou numa bonita flor.

    Hoje aprendi um pouco mais, e esta oração lida e relida foi um conforto para a alma e no seu enquadramento um todo que apetece continuar a apreciar.

    Que Jesus proteja e ilumine o Frei José Carlos para que continue a partilhar connosco as suas palavras e que este “blogue” seja um “porto de abrigo”.

    Obrigada por esta importante partilha. Bem haja.
    MJS

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  2. Frei José Carlos,
    Bebi as palavras da oração tão singela, mas tão penetrante e tão abrangente. Depois olhei para a plantinha com que a ilustrou e vejo no caule as nossas rugosidades que ferem. No entanto, a beleza floresce emergindo como a coroa da vitória do amor de Deus que assim transforma a fraqueza humana.
    Muito obrigada,
    GVA

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