Quando O viram pediram-lhe que se retirasse do seu território. Não era bem-vindo ali, ele que tinha condenado à morte uma vara de porcos loucos e endemoninhados. Tiveram mais em conta os porcos que os dois pobres homens recuperados da sua loucura, tiveram mais em conta o que perderam do que tinham ganho em segurança e tranquilidade.
Como estamos tão perto daqueles homens, como nos comportamos tantas vezes como eles. Como temos mais em conta o que perdemos do que o que ganhamos. Procedemos a uma contabilidade um tanto ou quanto equivocada, valorizando o perdido e desvalorizando o lucrado.
E no entanto Jesus apenas nos recupera a saúde e paz, apenas nos traz de novo à convivência sã com toda a humanidade, libertos dos demónios que nos escravizam e nos afastam da comunidade e das relações com os outros.
Estes gadarenos, habitantes da outra margem do lago, pedem a Jesus que se vá, ele que os tinha libertado de homens que todos temiam. Os samaritanos, num outro lugar distante dali, pediram a Jesus que ficasse com eles, quando apenas uma mulher lhes tinha contado como ele lhe tinha revelado a sua vida.
Necessitamos da palavra, da revelação, para equilibrar a nossa contabilidade, para aceitar que Jesus venha ao nosso território e expulse as nossas loucuras e insanidades, para que nos mostre a fonte de água viva que jorra em nós.
Vem Senhor Jesus e fica connosco!
Frei José Carlos,
ResponderEliminarConsigo repetimos:"Vem Senhor Jesus e fica connosco!", saboreando a presença que cura e que nos anima a permanecer com Ele.
Tenha uma santa noite,
GVA
Frei José Carlos,
ResponderEliminarLeio e reflicto na partilha de hoje que intitulou “ A presença de Jesus connosco” inspirada numa passagem do Evangelho e que nos ajuda a interpretar o seu significado e a salientar-nos ...” Como estamos tão perto daqueles homens, como nos comportamos tantas vezes como eles. Como temos mais em conta o que perdemos do que o que ganhamos. Procedemos a uma contabilidade um tanto ou quanto equivocada, valorizando o perdido e desvalorizando o lucrado”.
A visão economicista do desenvolvimento económico, ou melhor, do crescimento económico, geradora dos maiores desequilíbrios económicos e sociais, em que não há lugar para o desenvolvimento harmonioso do ser humano, em que as relações entre os homens se pautam pelo ter, pelo parecer, pelo egoísmo, e não pelo ser, pelo convívio, pela solidariedade, conduziu-nos à criação de uma sociedade materialista, de grande insatisfação, em que o espaço para quem vive e/ou se esforça por uma vivência diferente, é marginal. Como podemos remar contra esta torrente avassaladora que começa a influenciar o ser humano desde a mais tenra idade em que só alguns, muito poucos, são despertados para outros valores, em que a (s) espiritualidade (s) têm lugar.
A humanidade chegou a tal situação que como afirma, Frei José Carlos, … “Necessitamos da palavra, da revelação, para equilibrar a nossa contabilidade, para aceitar que Jesus venha ao nosso território e expulse as nossas loucuras e insanidades, para que nos mostre a fonte de água viva que jorra em nós.”
Que Jesus tenha compaixão de nós e nos torne humildes e que o apelo “Vem Senhor Jesus e fica connosco!” tão profundo e sincero que dirige a Jesus seja para nós “oração diária” para que saibamos e possamos construir um amanhã diferente, mais equilibrado, mais justo.
Bem haja por esta partilha tão bela e singelamente ilustrada. MJS