Falar das relações entre “Arte e Fé” requer conhecimento em vários domínios e constitui um tema desafiante e polémico. A realidade de todos os tempos mostra-nos a exploração da fé de crentes simbolizadas em obras chamadas de arte que pouco ou nada têm de arte ou ainda que feitas com arte, raiando a idolatria, são utilizadas pelos mais diversos actores, servindo somente o ser humano ou quem se serve dele e não glorificam a Deus. São meros exercícios oficinais. Deus disse: …“Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam” (Êxodo, 20,4-5). … Se a fé é um dom que se manifesta na relação que estabelecemos com Deus e com o nosso próximo, permita-me que cite Vasco Graça Moura …” Se a fé implica a aceitação de uma verdade sem passar por uma prova ou por qualquer modo de verificação racional, parece que, uma vez dada como assente essa verdade, nada impede que a partir dela funcionem mecanismos racionais e emocionais do espírito humano, podendo desencadear com frequência expressões artísticas que a têm presente e, por vezes, se aproximam do sublime ou conseguem mesmo atingi-lo. E é tal a energia que delas se desenvolve que como que nos atravessam o ser e proporcionam uma experiência existencial qualitativamente diferente da que pode chegar-nos por outras obras de arte sem esse coeficiente.”… (in “Arte e Fé”, DN, Opinião, datado de 23 de Outubro de 2013). Grata, Frei José Carlos, pelas palavras partilhadas que nos questionam. Que o Senhor o ilumine, o abençoe e o guarde. Continuação de um bom dia e de uma boa semana. Um abraço fraterno e amigo, Maria José Silva
Caro Frei José Carlos,
ResponderEliminarFalar das relações entre “Arte e Fé” requer conhecimento em vários domínios e constitui um tema desafiante e polémico. A realidade de todos os tempos mostra-nos a exploração da fé de crentes simbolizadas em obras chamadas de arte que pouco ou nada têm de arte ou ainda que feitas com arte, raiando a idolatria, são utilizadas pelos mais diversos actores, servindo somente o ser humano ou quem se serve dele e não glorificam a Deus. São meros exercícios oficinais.
Deus disse: …“Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam” (Êxodo, 20,4-5). …
Se a fé é um dom que se manifesta na relação que estabelecemos com Deus e com o nosso próximo, permita-me que cite Vasco Graça Moura …” Se a fé implica a aceitação de uma verdade sem passar por uma prova ou por qualquer modo de verificação racional, parece que, uma vez dada como assente essa verdade, nada impede que a partir dela funcionem mecanismos racionais e emocionais do espírito humano, podendo desencadear com frequência expressões artísticas que a têm presente e, por vezes, se aproximam do sublime ou conseguem mesmo atingi-lo. E é tal a energia que delas se desenvolve que como que nos atravessam o ser e proporcionam uma experiência existencial qualitativamente diferente da que pode chegar-nos por outras obras de arte sem esse coeficiente.”… (in “Arte e Fé”, DN, Opinião, datado de 23 de Outubro de 2013).
Grata, Frei José Carlos, pelas palavras partilhadas que nos questionam. Que o Senhor o ilumine, o abençoe e o guarde.
Continuação de um bom dia e de uma boa semana.
Um abraço fraterno e amigo,
Maria José Silva