Face ao anúncio de
perseguições, de ameaças de morte, da traição dos mais próximos, por causa do
seu nome, Jesus adverte os discípulos para que não se preocupem com a
preparação da defesa.
Proposta estranha, advertência
desconcertante, que nos deixa entregues aos carrascos, aos perseguidores, sem
que uma palavra deva ser proferida.
Contudo, a história
não deixa de nos dar exemplos, testemunhos, de como este conselho de Jesus é
verdadeiramente significativo, de como é uma arma terrível que pode de facto
produzir efeitos insuspeitos naqueles que violentam e ofendem, que perseguem e
matam.
A história da Igreja,
e sobretudo a história das perseguições aos cristãos nos mais diversos tempos e
espaços geográficos, testemunha-nos que o silêncio fiel, a perseverança na fé até
ao fim, é uma sabedoria que provoca o mundo e o questiona.
O sangue dos mártires,
no seu silêncio, na sua fidelidade é, e tem sido ao longo dos tempos, semente
de novos cristãos. O dom da vida entregue por Jesus, pela verdade do homem que
ele nos revela, pela justiça que devemos uns aos outros como irmãos, é interpelador
da nossa vida e da nossa posição face a ela.
E se temos a graça de
viver num país no qual os cristãos não são perseguidos não podemos esquecer
aqueles com os quais tal não acontece, bem como o desafio que nos apresenta a indiferença
de tantos dos nossos irmãos, que nãos nos perseguem nem nos violentam, mas que
nos urgem no mesmo testemunho fiel e perseverante dos mártires, pois a
indiferença é outra manifestação da luta contra Deus, certamente até mais
insidiosa.
Necessitamos portanto,
pela oração, pela frequência dos sacramentos, pela caridade diligente, alimentar
e fortalecer a nossa fé, aproximar-nos de Jesus Cristo como vitória sobre o mal,
de modo a que a nossa vida seja um eloquente testemunho pela confiança
depositada.
Que alimentemos a nossa Fé, com os meios mais adequados,para continuarmos a ser testemunho junto dos que são crentes e dos que nos ignoram e nos olham com indiferença. Inter Pars
ResponderEliminarE tenhamos uma certeza " a Graça tarda mas não falha " M.T.C.
ResponderEliminarCaro Frei José Carlos,
ResponderEliminarLeio e reflicto com muito interesse o texto da Meditação que teceu e que vai ao encontro das questões e reflexões que vamos colocando no peregrinar da vida mas também fruto de um ano atribulado para tantos de nós e, por factos recentes que nos atingem directa ou indirectamente nas várias dimensões política, social, religiosa, familiar e profissionalmente.
Nos dias de hoje, se certas perseguições a vários níveis, não se fazem de espada em riste, as mesmas assumem carácter mais subtil... E, se me permite, Frei José Carlos, como sempre, essas formas de actuação ainda que por vezes, assumam uma forma pessoal, isolada, manifestam-se e persistem porque há colaboradores nessa forma de actuação. Há receio, medo dos que os rodeiam e que se refugiam no silêncio, acabando por pactuar.
Como nos afirma ...” E se temos a graça de viver num país no qual os cristãos não são perseguidos não podemos esquecer aqueles com os quais tal não acontece, bem como o desafio que nos apresenta a indiferença de tantos dos nossos irmãos, que não nos perseguem nem nos violentam, mas que nos urgem no mesmo testemunho fiel e perseverante dos mártires, pois a indiferença é outra manifestação da luta contra Deus, certamente até mais insidiosa”. …
O texto que escreveu vai para além das fragilidades de cada um de nós e, recordando-nos as palavras de Jesus segundo São Lucas (21,14), exorta-nos ...” pela oração, pela frequência dos sacramentos, pela caridade diligente, alimentar e fortalecer a nossa fé, aproximar-nos de Jesus Cristo como vitória sobre o mal, de modo a que a nossa vida seja um eloquente testemunho pela confiança depositada.”
Grata, Frei José Carlos, pelas palavras partilhadas, importantes, que nos levam a questionar os nossos comportamentos, um convite a alimentar e a fortalecer a nossa fé, a acreditar que o bem vencerá o mal!
Que o Senhor o ilumine, o guarde e o abençoe.
Bom descanso.
Um abraço fraterno e amigo,
Maria José Silva