sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Frei José Pereira - Assento de Óbito - 1862 Dezembro 15


Assento de óbito de Frei José Pereira

Aos quinze dias do mês de Dezembro do ano de mil oitocentos, sessenta e dois, pelas nove horas e meia da noite na casa número cinco da Rua d’Altamira desta freguesia de Nossa Senhora de Monserrate da Cidade e Concelho de Viana do Castelo, Diocese de Braga faleceu, tendo recebido os Sacramentos da Santa Madre Igreja, um indivíduo do sexo masculino por nome o Reverendo José Pereira, de idade de cinquenta e nove anos, da extinta Ordem dos Pregadores e actualmente Abade da Freguesia de Sub Portela, natural e baptizado na freguesia de São Sebastião da cidade de Guimarães do mesmo Concelho, Diocese de Braga, morador na residência da sua supramencionada freguesia de Sub Portela, e nesta acidentalmente por causa de moléstias, filho legítimo de Pedro José Pereira, Negociante, e de Dona Rosa Maria do Bom Pastor naturais da referida freguesia de São Sebastião; cujos avós paternos e maternos, e as suas naturalidades se ignoram por não achar pessoa que deles me desse notícia; o qual fez testamento. Seu corpo, precedendo a licença das respectivas Autoridades, foi conduzido, e sepultado na dita Igreja Paroquial de Sub Portela. E para constar lavrei em duplicado este assento que assino. Era ut supra.

Cónego Prior Francisco Pedro de Araújo Lima

[À margem esquerda]

Nº 73

O Padre José Pereira – Abade da Freguesia de Sub Portela.

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Frei João Ribeiro Guimarães - Assento de Óbito - 1860 Março 11


Assento de Óbito de Frei João Ribeiro Guimarães

Aos onze dias do mês de Março do ano de mil e oitocentos e sessenta, às três horas da manhã, na Rua da Sé desta Freguesia da Vera Cruz da Cidade e Diocese de Aveiro, faleceu João Ribeiro Guimarães, maior de oitenta anos de idade, Presbítero egresso da extinta Ordem de São Domingos; filho legítimo de João Ribeiro Guimarães e Maria Luísa de Jesus, aquele natural da Cidade de Guimarães, e esta da freguesia de Eixo. Os nomes de seus avós ignoram-se. Recebeu o Sacramento da Penitência e da Unção. E para constar lavrei o presente assento em duplicado e que assinei. Era ut supra

O Presbítero João José Marques da Silva Valente.

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Frei Manuel da Conceição - Assento de Óbito - 1808 Julho 08


Assento de Óbito de Frei Manuel da Conceição.

Aos oito dias de Julho de mil e oitocentos e oito anos faleceu da vida presente de uma perniciosa Frei Manuel da Conceição Religioso de São Domingos assistente nas encarneiradas deste termo em casa da sua mãe Joaquina Lopes viúva de Manuel de Matos; teria de idade trinta e cinco anos pouco mais ou menos; recebeu os Sacramentos, que se ministram aos enfermos, e foi sepultado no mesmo dia em sepultura da fábrica, e para que conste fiz este assento que assino. Gavião era ut supra

O Reitor Cura José dos Santos.

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Frei Manuel de Santo António Basto - Assento de Óbito - 1834 Julho 17

Assento de Óbito de Frei Manuel de Santo António Basto 

Aos dezassete dias do mês de Julho de mil oitocentos, e trinta e quatro, faleceu repentinamente vindo para casa da sua irmã de jornada, e ao subir a escada da mesma casa lhe deu um ataque apoplético de que rapidamente faleceu sem sacramentos, nem testamento, o Reverendo Manuel de Santo António Basto, ex Religioso de São Domingos, e Capelão que era do Batalhão de Caçadores Nº 3 destacado na Cidade de Bragança, e falecido em casa da sua Irmã da Rua da Fonte da Corcova desta Freguesia, e dela mesma natural, foi seu corpo envolto em as vestes sacerdotais, e de minha licença enterrado  com Oficio de Sepultura cantado na Igreja da Ordem Terceira de caixas e grades acima; e no dia vinte e um teve Oficio de trinta e seis padres, e Missas gerais de esmola de cento e oitenta reis, que tudo lhe mandou fazer sua irmã Maria Joaquina de Oliveira viúva por bem e de mais do que o que tinha do dito finado, e está satisfeito, e para constar fiz este assento, era ut supra.

O Abade João Ribeiro Pereira.

domingo, 31 de agosto de 2025

Frei António Osório - Assento de Óbito - 1865 Outubro 04

 

Assento de Óbito de Frei António Osório, OP


Aos quatro dias do mês de Outubro do ano de mil oitocentos sessenta e cinco, pelas três horas da tarde, no quarto andar, lado direito, do prédio número duzentos e dois da Rua da Madalena desta Freguesia de Santa Justa, bairro do Rossio, Concelho e Patriarcado de Lisboa, faleceu, não tendo recebido os Sacramentos da Santa Madre Igreja, um individuo do sexo masculino por nome António Osório, Eclesiástico, Egresso da Ordem extinta Dominicana, de oitenta e sete anos de idade, morador na referida casa da Rua da Madalena, natural de Valdigem, Concelho e Bispado de Lamego, filho legítimo de José Carlos da Fonseca Osório e de Maria Inácia da Fonseca,
  aquele natural de Lamego, ignorando-se desta a sua naturalidade, tendo sido ambos proprietários. Fez testamento e foi sepultado no Cemitério público do Alto de São João. E para constar lavrei em duplicado este assento, que assino. Era ut supra.

O Prior Francisco António Lopes Nogueira da Silva


domingo, 24 de agosto de 2025

Frei Nicolau de Almeida e Silva. 1780 - 1848

 

Frei Nicolau de Almeida e Silva nasceu em Lisboa a 9 de Outubro de 1780, sendo baptizado passado poucos dias, a 15 de Outubro, na igreja paroquial da Pena, em Lisboa.

É filho legítimo de José de Almeida e Silva, natural do Sítio de Nossa Senhora da Nazaré, na freguesia de Nossa Senhora das Areias da Vila de Pederneira, termo de Lisboa, e de sua mulher Gertrudes Rosa Xavier de Bastos e Silva, natural da freguesia de São Paulo em Lisboa, unidos em matrimónio na Sé de Elvas em 19 de Setembro de 1768, onde ele era morador e ela foi representada por seu tio com procuração.

Pela via paterna frei Nicolau é neto do Alferes João de Almeida e Silva e de Inácia Maria de são José, e pela via materna de José Xavier Gonçalves Basto e Rosa Laureana Xavier de Pancas e Silva.

Foram seus padrinhos o Reverendo Cónego da Sé de Elvas Nicolau de Almeia de Silva, seu tio por parte paterna, e Nossa Senhora do Monte do Carmo, que foi invocada como madrinha, sendo por isso tocado com a sua relíquia pelo Reverendo Lourenço José Simplício, igualmente tio do menino.

Em Março de 1796, quando Frei Nicolau de Almeida e Silva está a prestes a atingir os dezasseis anos, o Prior Provincial Frei Agostinho da Silva, Mestre em Santa Teologia, Consultado do Santo Ofício, Examinador das Três Ordens Militares e Sinodal do Patriarcado e Bispado de Leiria, envia ao Prior e Padres do Convento de São Domingos de Elvas a Patente para procederem às inquirições sobre o candidato ao Hábito dominicano.

Dois meses depois, em Maio de 1796, o Prior de Elvas Frei Teodoro de Santa Joana Vasconcelos, com o escolhido escrivão Frei Francisco de São Vicente Ferrer, procede às inquirições, escutando para isso quatro testemunhas: Vitorino António Pereira Cardoso, Capelão do Regimento de Cavalaria da cidade de Elvas, Joaquim António Durão, Tenente do Regimento de Cavalaria, de 60 anos, José do Rego Maio, de 38 anos de idade e António Basílio Oliveira, também de 38 anos de idade.

Do resultado destas inquirições resulta a Patente de Admissão à Ordem de São Domingos como Frade de Coro, passada em Lisboa a 20 de Maio de 1796 pelo Prior Provincial Frei Agostinho da Silva, na qual se pede que o candidato seja examinado na língua latina e votado secretamente pelos padres do Convento, para que a admissão tenha efeito.

Do período de formação e primeiros anos de vida conventual não temos neste momento informação, apenas conseguimos encontrar em Agosto de 1811 a sua Assignação do Convento de Évora para Azeitão, deixando-nos assim a suposição que antes desta data Frei Nicolau estaria assignado ao Convento de São Domingos de Évora.

Dois anos passados, Novembro de1813, é assignado para Elvas, e passados mais dois anos, em Dezembro de 1815, regressa a Azeitão, onde vai ficar poucos meses, pois em Março de 1816 é assignado para o Convento de Benfica. Ano e meio depois, em Novembro de 1817 é assignado ao Convento do Pedrógão.

Entretanto algumas movimentações devem ter ocorrido, porque em Maio de 1822 uma Portaria Régia determina o envio de Frei Nicolau de Almeida e Silva do Convento de Santarém para o Convento de Abrantes.

Neste ano de 1822 vários frades são assignados e movimentados em consequência das suas posições políticas. Será o caso de Frei Nicolau? É possível.

O que sabemos é que em Maio de 1823, o Religioso Converso da Província de Santo António de Portugal, Frei António da Mãe dos Homens, apresenta uma queixa contra Frei Nicolau de Almeida e Silva, e outros frades, que se apresentam na grade do Mosteiro de Odivelas seduzindo as religiosas, entre elas duas sobrinhas do denunciante, a abandonarem o Mosteiro.

Desconhecemos os resultados desta queixa, apenas podemos constatar que no mapa de Todos os Conventos e Frades elaborado em 1828 ou 1829, Frei Nicolau é apresentado como membro da Comunidade do Convento de São Domingos de Lisboa, embora ausente.

Frei Nicolau de Almeida e Silva está também ausente das Relações dos Religiosos Egressos que se candidataram às prestações em 1836 e 1837.

Não corresponderia aos quesitos necessários, devido à sua posição política?

Estaria já empregado em algum ofício eclesiástico, como pároco?

Nesta dúvida decorrem os onze anos que levam à notícia da sua morte.

Frei Nicolau de Almeida e Silva, morre a 29 de Março de 1848, na Travessa da Espera na Paróquia da Encarnação em Lisboa, não fazendo testamento e sendo sepultado no cemitério dos Prazeres.

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Frei Nicolau de Almeida e Silva - Assento de Óbito - 1848 Março 29

Assento de Óbito de Frei Nicolau de Almeida e Silva, OP

Aos vinte e nove dias do mês de Março de mil oito centos quarenta e oito na Travessa da Espera faleceu, tendo recebido todos os Sacramentos dos Enfermos, o Reverendo Nicolau de Almeida e Silva, natural de Lisboa, idade de sessenta e oito anos, Sacerdote e Egresso do extinto Convento de São Domingos desta Cidade, não fez testamento e foi sepultado no Cemitério dos Prazeres.

O Coadjutor Joaquim Ferreira de Almeida