Passado o portal do primeiro
domingo Advento eis que nos encontramos com um convite, “vinde e segui-me”.
Iniciamos uma
caminhada, que afinal é uma resposta a um convite.
Não é iniciativa
nossa, alguém nos precede e nos desafia no seu seguimento.
Como vou eu responder?
No mundo grego e no
judaísmo do primeiro século seguir um mestre implicava um conjunto de serviços
e prestações àquele pelo qual se tinha optado. Era o discípulo que escolhia o
seu mestre e portanto devia mostrar-lhe por gestos a sua opção e preferência.
Com os discípulos de
Jesus a realidade é diferente, pois é o mestre que escolhe e chama aqueles que
o seguem. O seguimento não se traduz assim por uma manifestação ou demonstração
de preferência, mas por um acolhimento de uma intimidade oferecida.
O convite ao seguimento
de Jesus desafia-nos assim na obediência espontânea e imediata, uma vez que
esta intimidade partilhada nos qualifica como testemunhas e colaboradores, nos
envolve numa dinâmica de um “ser com” para um “ser para”, ser com Jesus para
ser para os homens nossos irmãos.
Que hoje o meu
seguimento de Jesus se traduza numa prontidão e num ardor renovado, numa
intimidade profunda que me leva ao testemunho fiel.
“O chamamento de São Pedro e André”, de Caravaggio, Palácio de Buckingham, Londres.
"Vinde e segui-me!" Este convite ecoa dentro de mim neste primeiro dia de Advento e pergunto-me: como vou responder-lhe? Tenho receio de me perder no caminho, de não levar ao fim nenhum dos meus propósitos, de não confiar suficientemente... Mas é preciso seguir a estrela e acreditar. Iniciar o caminho e seguir em frente. Inter pars
ResponderEliminarNo dia em que celebramos a festa do Apóstolo André, Frei José Carlos oferece-nos uma maravilhosa reflexão sobre o convite que Jesus nos dirige à semelhança do que fez a André e a Pedro e a todos os outros discípulos “Vinde e segui-me”. É um convite cuja resposta não é fácil mas que importa e merece que saibamos dizer Sim. Como nos recorda é um seguimento que é ...”um acolhimento de uma intimidade oferecida” e que ... “nos envolve numa dinâmica de um “ser com” para um “ser para”, ser com Jesus para ser para os homens nossos irmãos”... . Obrigada, Caro Frei José Carlos, por esta profunda partilha e bela ilustração no início da caminhada do Advento que nos ajuda a meditar. Bem-haja. Que o Senhor o ilumine, o abençoe e o guarde. Um abraço fraterno,
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