O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável.
O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz.
As chuvas de inverno tinham passado e o campo em flor convidava a sair. Havia no ar uma promessa de fertilidade, de frutos a brotar, de uma felicidade anunciada.
Olho-te embevecido e tu sorris, estreito-te nos meus braços e tu contemplas-me. Eu bato à porta e chamo, quem abrir será minha morada. Tu bateste à minha porta e eu quase não dei por isso e por pouco não passastes a diante. Como te poderei receber, como poderei ser tua morada?
A noite fria reuniu-nos junto da fogueira enquanto os rebanhos dispersos pelo campo se juntavam também para se aquecerem e protegerem. Longe ouvia-se o uivo de um lobo na noite, um grito feroz a quebrar o silêncio do frio da noite.
Celebramos neste domingo da oitava do Natal a festa da Sagrada Família e o Evangelho de São Lucas apresenta-nos o episódio da perda e encontro de Jesus no templo de Jerusalém.
Ó Emanuel, nosso rei e legislador, esperança das nações e salvador do mundo: vinde salvar-nos, Senhor nosso Deus.
Encontramos nos Apotegmas dos Padres do Deserto o seguinte dito do padre Poimén: “o princípio de todos os males é a distracção”.
Ó Chave da Casa de David, que abris e ninguém pode fechar, fechais e ninguém pode abrir: vinde libertar os que vivem nas trevas e nas sombras da morte.
Neste quarto e último domingo do Advento as diversas leituras da Liturgia da Palavra colocam diante dos nossos olhos textos que estão cheios de movimento, de uma acção que pode ser mais prometida para o futuro, que pode acontecer no presente histórico ou que já aconteceu e por isso mesmo é assumida.
Ó Rebento da raiz de Jessé, estandarte erguido diante dos povos: vinde libertar-nos, não tardeis mais.
Ó Chefe da Casa de Israel, que no Sinai deste a Lei a Moisés: vinde resgatar-nos com o poder do vosso braço.
Ó Sabedoria do Altíssimo, que tudo governais com firmeza e suavidade: vinde ensinar-nos o caminho da salvação.
Celebramos hoje a Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria, uma festa que podemos dizer é um luxo, uma extravagância de Deus, aliás a única a que se deu o direito em todo o mistério da Encarnação.
Quando falamos de pregação pela imagem, e de pregadores dominicanos que usaram a pintura para transmitir a Boa Nova de Jesus, logo nos vem à memória o nome de Fra Angélico. Dele recordamos as célebres Anunciações, os frescos do convento de São Marcos de Florença, os encantadores anjos que alegram o paraíso e o juízo final.
Em cada ano litúrgico encontramos no segundo domingo do Advento a figura de São João Baptista, o precursor do Messias, o enviado a anunciar a sua presença no meio de nós.
A primeira leitura e o Evangelho deste penúltimo domingo do ano litúrgico apresentam-nos a realidade do fim dos tempos, do fim da história e da humanidade.
Assento da Tomada de Hábito, como se encontra no original:
Rezam as notícias que chegaram até nós, que no dia fatídico do terramoto de Lisboa de 1755 morreram três frades dominicanos no desabamento da igreja e complexo conventual e mais três leigos, um oficial da botica que existia na convento e dois criados do convento.
Assento da Profissão Religiosa de frei José de Santo António, como se encontra no original:
Histórias estranhas as que nos apresentam a primeira leitura do Livro dos Reis e o Evangelho de São Marcos deste domingo. A uni-las não só as viúvas, essas pobres mulheres quase sem nada, mas também os homens e a postura diante da precariedade de cada uma delas, uma postura de certa forma até escandalosa.