Fico no silêncio e retomo o contacto com o meu ser profundo. Concedo-me
o luxo de não estar disponível para os outros. E aprendo pouco a pouco a deixar
espaço para uma outra forma de disponibilidade.
Marie Cénec,
Ilustração: Folhas secas no coração de um arbusto no Jardim de
Serralves no Porto.
Caro Frei José Carlos,
ResponderEliminarDizer que precisamos ficar em silêncio, não estar disponível para os outros, particularmente para os que nos rodeiam, é recebido, por vezes, como um acto de egoísmo. Na realidade, trata-se de uma atitude interior, da necessidade de um encontro consigo próprio e com a nossa história, de auto-análise, de restabelecermos a paz interior. E quando nos encontramos connosco próprios, encontramo-nos com Deus, com o que precisamos modificar, mas também com as várias formas de beleza. E, se conseguimos esse espaço e esse tempo, o conhecimento mais profundo do nosso ser, a paz e a serenidade reencontradas, a contemplação, levam-nos a uma maior comunhão connosco próprios e somos melhores nas relações com os outros, a caminho da plenitude.
Grata, Frei José Carlos, pelas palavras partilhadas que nos questionam. Que o Senhor o abençoe e o guarde.
Votos de um bom dia e de um bom fim-de-semana com paz, alegria, confiança e esperança.
Um abraço mui fraterno e amigo,
Maria José Silva
Também acho que para se estar disponível para os outros é necessário começar por estarmos disponíveis para Deus. Temos de parar, refugiarmo-nos no silêncio, encontrarmo-nos connosco e com Deus. Depois, estamos prontos para encontrar os outros. Inter pars
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