sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Aprender outra disponibilidade

 
Fico no silêncio e retomo o contacto com o meu ser profundo. Concedo-me o luxo de não estar disponível para os outros. E aprendo pouco a pouco a deixar espaço para uma outra forma de disponibilidade.
Marie Cénec,

Ilustração: Folhas secas no coração de um arbusto no Jardim de Serralves no Porto.

2 comentários:

  1. Caro Frei José Carlos,

    Dizer que precisamos ficar em silêncio, não estar disponível para os outros, particularmente para os que nos rodeiam, é recebido, por vezes, como um acto de egoísmo. Na realidade, trata-se de uma atitude interior, da necessidade de um encontro consigo próprio e com a nossa história, de auto-análise, de restabelecermos a paz interior. E quando nos encontramos connosco próprios, encontramo-nos com Deus, com o que precisamos modificar, mas também com as várias formas de beleza. E, se conseguimos esse espaço e esse tempo, o conhecimento mais profundo do nosso ser, a paz e a serenidade reencontradas, a contemplação, levam-nos a uma maior comunhão connosco próprios e somos melhores nas relações com os outros, a caminho da plenitude.
    Grata, Frei José Carlos, pelas palavras partilhadas que nos questionam. Que o Senhor o abençoe e o guarde.
    Votos de um bom dia e de um bom fim-de-semana com paz, alegria, confiança e esperança.
    Um abraço mui fraterno e amigo,
    Maria José Silva

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  2. Também acho que para se estar disponível para os outros é necessário começar por estarmos disponíveis para Deus. Temos de parar, refugiarmo-nos no silêncio, encontrarmo-nos connosco e com Deus. Depois, estamos prontos para encontrar os outros. Inter pars

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