quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A necessidade do repouso

 
Passei muito tempo a observar os caracóis; hoje, quando me sinto presa na espiral das minhas obrigações… penso na lentidão deles… e abrando o meu passo. Chego mesmo a fechar-me na minha concha, a conceder-me repouso.
Marie Cénec,

Ilustração: Fonte do Jardim da Casa de Serralves no Porto.

2 comentários:

  1. Caro Frei José Carlos,

    Que palavras sábias e que profundo ensinamento as palavras de Marie Cénec nos transmitem. Hoje ao ler o “Pensamento do dia”, ocorreu-me que passei muitas horas da minha infância a observar os movimentos dos caracóis entre outros bichos que apareciam no quintal da casa que habitávamos. Quando se fechavam na carapaça tapando a entrada da mesma com uma fina película, pouco descanso lhes dava … O saírem particularmente quando estava sol, a forma como se deslocavam sem pressas quando tinham alguém a poucos centrímentos e o fecharem-se na caparaça quando lhes tocava deixavam-me curiosa … e não desistia de fazer experiências. E, somente, há pouco tempo, percebi que para avançar é preciso saber parar, o que me tem levado a partilhar os erros da minha caminhada e um pequeno livro (“Só avança quem descansa”, de Vasco Magalhães, padre jesuíta) com quem penso que está a tempo de deter-se, crente ou não crente, sabendo que as experiências são únicas.
    No Evangelho de São Marcos, Jesus convoca: “Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco”. Que Jesus nos ajude a encontrar o equilíbrio, a sermos por inteiro.
    Grata, Frei José Carlos, pelas palavras partilhadas, que nos ajudam a reflectir e a rever os nossos comportamentos. Que o Senhor o ilumine, o abençoe e o guarde.
    Votos de um bom dia, com paz, alegria, confiança e esperança.
    Um abraço mui fraterno e amigo,
    Maria José Silva

    ResponderEliminar
  2. Repouso é sobretudo parar e reflectir sobre o essencial, sobre o que a vida nos pede e o que Deus pretende . É fazer silêncio e escutar Deus no nosso coração. É trocar o necessário pelo indispensável. É sermos nós, sem a máscara da actividade, do trabalho, da ocupação. CR1

    ResponderEliminar