domingo, 2 de fevereiro de 2014

Não significa ser insignificante

 
Ser uma realidade pequena não significa ser insignificante! Ser fraco e frágil não equivale a ser espiritualmente decadente. Muitas comunidades pobres em efectivos, pouco visíveis, incapazes de se impor, foram na realidade minorias criativas e convictas, capazes de mudar o curso da história.
Enzo Bianchi,

Ilustração: Árvore coberta de neve no jardim de Vernier, Suíça.

1 comentário:

  1. Caro Frei José Carlos,

    Leio com os olhos da fé as palavras de Enzo Bianchi e recordo a parábola do grão de mostarda e a Meditação que recentemente escreveu sobre a mesma. Penso que muitos dos seguidores deste blogue pertencem à geração de “small is beautiful” inspirados no economista britânico EF Schumacher. Ser um número reduzido numa comunidade, num grupo, não significa incapacidade para atingir resultados. As “minorias criativas e convictas”, pouco visíveis”, pobres em efectivos, foram capazes de mudar o curso da história, diz-nos Enzo Bianchi. Permita-me acreditar que foram e poderão ter sempre um papel importante se souberem estar abertas, atentas ao seu próximo e unidas na diversidade que lhes dá a força para continuarem. A Deus nada é impossível.
    Grata, Frei José Carlos, pelas palavras partilhadas que nos ajudam a reflectir. Que o Senhor o abençoe e o guarde.
    Votos de uma boa semana. Bom descanso.
    Um abraço mui fraterno e amigo,
    Maria José Silva

    P.S. Permita-me, Frei José Carlos, que partilhe de novo o texto desta oração.

    BEM-
    -AVENTURANÇAS

    Foi então que Tu me respondeste Senhor:
    Bem-aventurados os que no coração se reconhecem pobres pois é deles tudo o que há-de vir.
    Bem-aventurados os que existem mansamente pois a terra os escolherá para herdeiros.
    Bem-aventurados os que rompem o acordo de implacáveis certezas pois são outros os caminhos da consolação.
    Bem-aventurados os que sentem, pela justiça, fome e sede verdadeiras: não ficarão por saciar.
    Bem-aventurados os que estendem largos os gestos de misericórdia pois a misericórdia os iluminará.
    Bem-aventurados os que se afadigam pela paz: isso torna os mortais filhos de Deus.
    Bem-aventurados os que não turvam seu olhar puro pois no confuso do mundo verão passar o próprio Deus.

    (In, Um Deus Que Dança, Itinerários para a Oração, José Tolentino Mendonça, 2011)

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