segunda-feira, 9 de março de 2015

Onde te encontro

Meia-noite, em números vermelhos me diz o relógio.

O corpo, pesado do dia, quer deslizar para o descanso.

Contudo, o espirito reclama:

Ainda não! Ainda não!

Uma sede devora-o e busca a fonte.

Entrego-me sem resistir, já sem forças para lutar.

Pai, nas tuas mãos entrego o meu espirito

Pai, no teu regaço deixo o meu corpo exausto.

Neste silêncio da noite entrego-me

E encontro-te!

No silêncio, no sopro leve, de fugaz passagem

Onde não acredito que estás

Aí te encontro!


2 comentários:

  1. Entregar-se sem luta, sem esforço, sem resistência, mas com confiança, nas mãos do Pai, que bom!
    Ir. Teresa, O.P.

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  2. Caro Frei José Carlos,

    Acabo de ler o texto da Meditação que teceu e apesar de ter ficado a reflectir nas palavras e a olhar a ilustração quando me preparo para alinhavar duas linhas sinto que preciso voltar a beber outra vez o que partilhou.
    Felizes, Frei José Carlos, os que ao entregarem o corpo e o espírito sem resistência, encontram o Pai onde não esperam que Ele esteja.
    ...” Neste silêncio da noite entrego-me//E encontro-te!//No silêncio, no sopro leve, de fugaz passagem//Onde não acredito que estás//Aí te encontro!”
    Um grande obrigada, Frei José Carlos, por esta partilha, tão profunda e tão bela, despojada, que nos incentiva a não desistir e que nos eleva. Bem-haja.
    Que o Senhoe o ilumine, o abençoe e o guarde.
    Continuação de uma boa semana. Bom descanso.
    Um abraço mui fraterno,
    Maria José Silva

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