Meia-noite, em números vermelhos me diz o relógio.
O corpo, pesado do dia, quer deslizar para o descanso.
Contudo, o espirito reclama:
Ainda não! Ainda não!
Uma sede devora-o e busca a fonte.
Entrego-me sem resistir, já sem forças para lutar.
Pai, nas tuas mãos entrego o meu espirito
Pai, no teu regaço deixo o meu corpo exausto.
Neste silêncio da noite entrego-me
E encontro-te!
No silêncio, no sopro leve, de fugaz passagem
Onde não acredito que estás
Aí te encontro!
Entregar-se sem luta, sem esforço, sem resistência, mas com confiança, nas mãos do Pai, que bom!
ResponderEliminarIr. Teresa, O.P.
Caro Frei José Carlos,
ResponderEliminarAcabo de ler o texto da Meditação que teceu e apesar de ter ficado a reflectir nas palavras e a olhar a ilustração quando me preparo para alinhavar duas linhas sinto que preciso voltar a beber outra vez o que partilhou.
Felizes, Frei José Carlos, os que ao entregarem o corpo e o espírito sem resistência, encontram o Pai onde não esperam que Ele esteja.
...” Neste silêncio da noite entrego-me//E encontro-te!//No silêncio, no sopro leve, de fugaz passagem//Onde não acredito que estás//Aí te encontro!”
Um grande obrigada, Frei José Carlos, por esta partilha, tão profunda e tão bela, despojada, que nos incentiva a não desistir e que nos eleva. Bem-haja.
Que o Senhoe o ilumine, o abençoe e o guarde.
Continuação de uma boa semana. Bom descanso.
Um abraço mui fraterno,
Maria José Silva