Como não? Como não procurar Jesus depois de Ele ter dado o alimento a uma multidão tão numerosa?
No domingo passado a leitura do Evangelho apresentava-nos esse milagre da multiplicação dos pães. E concluía dizendo depois de todos terem ficado saciados Jesus desapareceu do meio deles, pois sabia que o vinham procurar para fazer rei.
A leitura do Evangelho de hoje prossegue essa busca do povo, já não para o fazer rei, porque de facto já não é isso que hoje está em causa, mas para a instituição de uma fonte, de uma forma de não voltar a ter necessidade de procurar pão, de passar fome. Como no encontro com a Samaritana junto ao poço de Jacob, a busca de Jesus, a adesão à sua palavra, tem apenas por fito essa satisfação de não ter mais necessidade.
Jesus é bem consciente disso e portanto assim que é interrogado pela multidão que o busca Jesus responde-lhes que não o buscam por milagres, por ver nele algo mais do que a satisfação das necessidades mais básicas. A multidão procura Jesus porque comeu o pão, porque ficou saciada.
Mas essa não é a sua função, não é a sua missão e nesse sentido Jesus coloca diante daqueles homens e mulheres e diante de cada um de nós a verdadeira busca que devemos efectuar, a forma e a razão pela qual O devemos procurar. Procurai e trabalhai pelo alimento que dura para a vida eterna, o alimento que o Filho do homem vos dará.
É importante ter aqui presente outras palavras de Jesus, a sua resposta ao demónio, quando O tentou no deserto. O homem não vive apenas de pão, mas da Palavra que sai da boca de Deus. Não é assim o alimento físico o que deve preocupar o homem, cada um de nós cristãos, é esse alimento que verdadeiramente vivifica e que é a Palavra que sai da boca de Deus que nos deve preocupar.
São João começa o Evangelho, do qual foi retirada esta leitura, dizendo que a Palavra habitava junto de Deus mas veio até nós para que nós nos pudéssemos aproximar de Deus. A palavra encarnou e ao encarnar tornou-se alimento para cada homem e mulher pois permitiu e permite que cada um se assuma também como encarnação, como alimento, como sinal da presença de Deus, que viva como filho de Deus.
Por esta razão é que à pergunta da multidão, o que devemos fazer para praticar as obras de Deus, Jesus responde que a obra de Deus é acreditar naquele que foi enviado por Deus, o Filho. O importante, o que alimenta verdadeiramente, é acreditar em Jesus Cristo, Filho do Homem e Filho de Deus.
É um desafio, uma realidade que nos coloca demasiadas questões, que levanta demasiadas dúvidas, e que estão expressas na pergunta e resposta que a multidão faz e dá a Jesus. No deserto, e como se escutava na primeira leitura, Deus tinha alimentado o povo, de uma forma especial, mas também de uma forma continua. Havia uma história, provas desse milagre, desse acontecimento extraordinário e continuo que tinha marcado o povo. Jesus no entanto apenas tinha multiplicado os pães uma vez, onde estava portanto a sua autoridade, o seu poder para que pudesse ser acreditado?
A multidão coloca assim em questão as provas da divindade, do poder de Jesus de se afirmar como se afirmava. Também nós podemos correr este risco e certamente o corremos muitas vezes quando interrogamos Deus sobre a sua inactividade e inoperacionalidade na nossa vida, quando não encontramos as respostas que buscamos Dele.
E perante isto Jesus deixa à multidão e a cada um de nós a maior oferta que se nos podia fazer: Deus dá, Deus não deixa de dar, mesmo quando nos mostramos insatisfeitos e reclamamos da falta de resposta aos nossos pedidos, Deus dá-nos o alimento. E esse alimento não é um alimento qualquer, é o verdadeiro pão do céu, o alimento que dá a vida. Ou seja, não há nada neste mundo que nos possa saciar a fome e a sede, que nos possa satisfazer a vida, apenas o pão que nos é enviado do céu.
E o pão que nos é enviado do céu é o pão do amor, da misericórdia e da graça. A encarnação de Jesus, a sua vida com a paixão morte e ressurreição, é a manifestação desse amor, e só ele nos pode alimentar e saciar.
O convite de Jesus a que vamos a Ele, a que acreditemos Nele, é um convite a que deixemos de lado as nossas pequenas satisfações, as buscas de poder e glória, para nos encontrarmos nele plenamente satisfeitos e completos. Não porque Ele nos dê algo de extraordinário, de exuberante, mas porque nos dará aquilo que verdadeiramente nos satisfaz, o amor. E mais, essa dádiva acontece, realiza-se, no nosso ser humano, na nossa encarnação como homens e mulheres que são filhos de Deus. Não é algo estranho a nós, algo de extraordinário, é algo bastante concreto e bastante passível de quotidiano, de ser vivido em cada momento e por cada um. Basta querer e crer.
Peçamos ao Senhor que nos dê sempre deste pão e que sejamos capazes de o partilhar com aqueles que nos acompanham na mesma busca de satisfação da sede e da fome que nos habita.
No domingo passado a leitura do Evangelho apresentava-nos esse milagre da multiplicação dos pães. E concluía dizendo depois de todos terem ficado saciados Jesus desapareceu do meio deles, pois sabia que o vinham procurar para fazer rei.
A leitura do Evangelho de hoje prossegue essa busca do povo, já não para o fazer rei, porque de facto já não é isso que hoje está em causa, mas para a instituição de uma fonte, de uma forma de não voltar a ter necessidade de procurar pão, de passar fome. Como no encontro com a Samaritana junto ao poço de Jacob, a busca de Jesus, a adesão à sua palavra, tem apenas por fito essa satisfação de não ter mais necessidade.
Jesus é bem consciente disso e portanto assim que é interrogado pela multidão que o busca Jesus responde-lhes que não o buscam por milagres, por ver nele algo mais do que a satisfação das necessidades mais básicas. A multidão procura Jesus porque comeu o pão, porque ficou saciada.
Mas essa não é a sua função, não é a sua missão e nesse sentido Jesus coloca diante daqueles homens e mulheres e diante de cada um de nós a verdadeira busca que devemos efectuar, a forma e a razão pela qual O devemos procurar. Procurai e trabalhai pelo alimento que dura para a vida eterna, o alimento que o Filho do homem vos dará.
É importante ter aqui presente outras palavras de Jesus, a sua resposta ao demónio, quando O tentou no deserto. O homem não vive apenas de pão, mas da Palavra que sai da boca de Deus. Não é assim o alimento físico o que deve preocupar o homem, cada um de nós cristãos, é esse alimento que verdadeiramente vivifica e que é a Palavra que sai da boca de Deus que nos deve preocupar.
São João começa o Evangelho, do qual foi retirada esta leitura, dizendo que a Palavra habitava junto de Deus mas veio até nós para que nós nos pudéssemos aproximar de Deus. A palavra encarnou e ao encarnar tornou-se alimento para cada homem e mulher pois permitiu e permite que cada um se assuma também como encarnação, como alimento, como sinal da presença de Deus, que viva como filho de Deus.
Por esta razão é que à pergunta da multidão, o que devemos fazer para praticar as obras de Deus, Jesus responde que a obra de Deus é acreditar naquele que foi enviado por Deus, o Filho. O importante, o que alimenta verdadeiramente, é acreditar em Jesus Cristo, Filho do Homem e Filho de Deus.
É um desafio, uma realidade que nos coloca demasiadas questões, que levanta demasiadas dúvidas, e que estão expressas na pergunta e resposta que a multidão faz e dá a Jesus. No deserto, e como se escutava na primeira leitura, Deus tinha alimentado o povo, de uma forma especial, mas também de uma forma continua. Havia uma história, provas desse milagre, desse acontecimento extraordinário e continuo que tinha marcado o povo. Jesus no entanto apenas tinha multiplicado os pães uma vez, onde estava portanto a sua autoridade, o seu poder para que pudesse ser acreditado?
A multidão coloca assim em questão as provas da divindade, do poder de Jesus de se afirmar como se afirmava. Também nós podemos correr este risco e certamente o corremos muitas vezes quando interrogamos Deus sobre a sua inactividade e inoperacionalidade na nossa vida, quando não encontramos as respostas que buscamos Dele.
E perante isto Jesus deixa à multidão e a cada um de nós a maior oferta que se nos podia fazer: Deus dá, Deus não deixa de dar, mesmo quando nos mostramos insatisfeitos e reclamamos da falta de resposta aos nossos pedidos, Deus dá-nos o alimento. E esse alimento não é um alimento qualquer, é o verdadeiro pão do céu, o alimento que dá a vida. Ou seja, não há nada neste mundo que nos possa saciar a fome e a sede, que nos possa satisfazer a vida, apenas o pão que nos é enviado do céu.
E o pão que nos é enviado do céu é o pão do amor, da misericórdia e da graça. A encarnação de Jesus, a sua vida com a paixão morte e ressurreição, é a manifestação desse amor, e só ele nos pode alimentar e saciar.
O convite de Jesus a que vamos a Ele, a que acreditemos Nele, é um convite a que deixemos de lado as nossas pequenas satisfações, as buscas de poder e glória, para nos encontrarmos nele plenamente satisfeitos e completos. Não porque Ele nos dê algo de extraordinário, de exuberante, mas porque nos dará aquilo que verdadeiramente nos satisfaz, o amor. E mais, essa dádiva acontece, realiza-se, no nosso ser humano, na nossa encarnação como homens e mulheres que são filhos de Deus. Não é algo estranho a nós, algo de extraordinário, é algo bastante concreto e bastante passível de quotidiano, de ser vivido em cada momento e por cada um. Basta querer e crer.
Peçamos ao Senhor que nos dê sempre deste pão e que sejamos capazes de o partilhar com aqueles que nos acompanham na mesma busca de satisfação da sede e da fome que nos habita.
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