quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Vinde a mim! Mt 11,28

Vinde a mim! É o apelo de Jesus que o Evangelho de Mateus nos transmite de forma lapidar.
Mas este grito, este apelo, atravessa a história da humanidade, a história da aliança de Deus com os homens. Podemos dizer que é o refrão da música divina, como que uma voz de encantamento que procura seduzir-nos no nosso afastamento.
Desde a criação que Deus nos apela, e este apelo ouvir-se-á até ao fim dos tempos. Deus chama-nos para a sua órbita, para a sua vida, quer-nos com Ele. E em Jesus este apelo é mais premente.
Desde o presépio ao calvário, os gestos, as palavras, a vida plena de Jesus são um apelo constante. No alto da cruz o grito “tenho sede” é a manifestação de um desejo eterno e intimo, de um desejo de saciar a sede no encontro com os homens para que estes possam ter a vida divina.
No seu Filho feito homem Deus revela-se como um mendicante, um pedinte que estende a mão na expectativa e na esperança de uma esmola, de uma dádiva, por ínfima que seja. E esta dádiva feita com doçura e humildade faz com que se torne força, uma força capaz de tornar ligeiro o fardo que carregamos todos os dias.
Depois de ouvirmos do Mestre o apelo, e de termos aprendido com Ele que a resposta humilde e confiante nos fortalece para seguirmos em caminho, que os nossos cansaços e jugos não nos impeçam de lhe responder confiadamente.

 
Ilustração:
Aparição de Jesus a Francisco e companheiros, Jose Benlliure y Gil.

 

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