Acabámos de escutar no Evangelho, que numa caminhada entre um lugar e outro, Jesus interrogou os seus discípulos sobre o que os homens diziam dele, ou mais precisamente quem diziam que ele era. Depois de eles lhe dizerem o que comentavam, quem diziam que era, Jesus interrogou-os directamente a eles, seus discípulos, envolvendo-os num compromisso nessa mesma resposta, no que dissessem dele.
Pedro tomou a palavra e assumiu a resposta que todos de alguma forma poderiam dar, tu és o Messias, ainda que para cada um deles ser o Messias pudesse significar realidades bastante distintas umas das outras, até contrárias à realidade que estava diante dos olhos deles.
Numa outra passagem paralela, e depois de Pedro dar esta resposta, Jesus diz-lhe que não foi a carne nem o sangue que lhe permitiu dar a resposta, mas o conhecimento dado pelo Espírito Santo. De facto não é a carne nem o sangue, a experiência humana na sua historicidade, que permite dizer que Jesus é o Messias.
Hoje a mesma pergunta de Jesus continua a soar aos nossos ouvidos e somos compelidos pelos nossos companheiros a dar uma resposta. Afinal que é Jesus para nós, o que dizemos dele?
Para dar uma resposta minimamente correcta, dentro da verdade do mistério de Jesus Cristo, temos que ter em conta três realidades que nos aparecem na leitura que escutámos do Profeta Isaías.
A primeira dessas realidades é a da escuta, porque como nos diz o profeta Deus abre-nos os ouvidos. No Evangelho Jesus depois de afirmação de fé de Pedro abriu-lhes também os ouvidos quando os começou a ensinar sobre a verdadeira dimensão da sua missão como Messias.
Afirmar Jesus como o Messias exige assim uma capacidade de escuta, de estar de ouvidos bem atentos àquilo que o Senhor nos diz. Em primeiro lugar na Sagrada Escritura, na sua Palavra revelada, mas depois também nas palavras dos homens e do mundo através das quais Deus continua a revelar-se e a dar-nos a conhecer o que espera de nós. Afirmar a fé em Jesus como Messias exige assim a nossa capacidade de escuta e a nossa disponibilidade para tal. Não podemos dizer Deus sem o escutarmos primeiro.
Outra realidade que não podemos olvidar, e que também nos é apresentada pelo profeta Isaías, é a realidade do sofrimento físico e moral. Qualquer homem ou mulher terá que em qualquer momento fazer essa experiência do sofrimento, descobrindo quer as suas limitações físicas quer até as suas limitações morais e éticas. É algo que é intrínseco à condição humana e por isso Jesus o assumiu de uma forma tão total, expondo-se à crítica e escárnio dos outros, ao sofrimento da paixão e à própria morte.
Mas se o fez e o pôde fazer na sua totalidade é por outra razão que nos é apresentada também pelo profeta Isaías. Jesus confiava em Deus, sabia que estava ao seu lado e não o abandonaria, e por essa razão pôde tornar o seu rosto duro como pedra e suportar no seu corpo todos os sofrimentos que lhe foram infligidos e na sua alma todos os abandonos de amigos e conhecidos.
Para nós, para cada um de nós, esta fé e confiança não podem estar esquecidas nem de forma nenhuma deficitárias, porque sem elas não poderemos dizer aos homens nossos contemporâneos e companheiros de caminhada que Jesus é o Messias. Temos que assumir a condição da nossa finitude e limitações e juntamente com a fé e a esperança poderemos dar testemunho de Jesus Cristo.
Um testemunho que não pode ficar reduzido à palavra, às boas intenções ou formulações de propósitos. A nossa fé em Jesus como Messias exige essas palavras e boas intenções, mas exige também uma realização prática, as obras de que nos fala São Tiago na sua carta.
E aqui temos também o exemplo de Jesus que juntamente com os seus ensinamentos operava os milagres e as curas, mostrando que a palavra sem sinais concretos de realidade é muito menos eficaz. Dar testemunho de Jesus hoje não pode ser de outra forma, não se pode prescindir das obras e muito menos da palavra. Umas e outra clarificarão reciprocamente a suas existências e exigências.
Peçamos assim ao Senhor que nos abra os ouvidos cada dia para escutarmos a sua Palavra e compreendermos o que nos quer dizer; que nos ilumine com essa Palavra a nossa condição de pecadores e sofredores; e confiantes no seu amor e na sua presença ao nosso lado nunca deixemos de deitar a mão às necessidades e sofrimentos dos irmãos, realizando aqui e agora o projecto de salvação.
Pedro tomou a palavra e assumiu a resposta que todos de alguma forma poderiam dar, tu és o Messias, ainda que para cada um deles ser o Messias pudesse significar realidades bastante distintas umas das outras, até contrárias à realidade que estava diante dos olhos deles.
Numa outra passagem paralela, e depois de Pedro dar esta resposta, Jesus diz-lhe que não foi a carne nem o sangue que lhe permitiu dar a resposta, mas o conhecimento dado pelo Espírito Santo. De facto não é a carne nem o sangue, a experiência humana na sua historicidade, que permite dizer que Jesus é o Messias.
Hoje a mesma pergunta de Jesus continua a soar aos nossos ouvidos e somos compelidos pelos nossos companheiros a dar uma resposta. Afinal que é Jesus para nós, o que dizemos dele?
Para dar uma resposta minimamente correcta, dentro da verdade do mistério de Jesus Cristo, temos que ter em conta três realidades que nos aparecem na leitura que escutámos do Profeta Isaías.
A primeira dessas realidades é a da escuta, porque como nos diz o profeta Deus abre-nos os ouvidos. No Evangelho Jesus depois de afirmação de fé de Pedro abriu-lhes também os ouvidos quando os começou a ensinar sobre a verdadeira dimensão da sua missão como Messias.
Afirmar Jesus como o Messias exige assim uma capacidade de escuta, de estar de ouvidos bem atentos àquilo que o Senhor nos diz. Em primeiro lugar na Sagrada Escritura, na sua Palavra revelada, mas depois também nas palavras dos homens e do mundo através das quais Deus continua a revelar-se e a dar-nos a conhecer o que espera de nós. Afirmar a fé em Jesus como Messias exige assim a nossa capacidade de escuta e a nossa disponibilidade para tal. Não podemos dizer Deus sem o escutarmos primeiro.
Outra realidade que não podemos olvidar, e que também nos é apresentada pelo profeta Isaías, é a realidade do sofrimento físico e moral. Qualquer homem ou mulher terá que em qualquer momento fazer essa experiência do sofrimento, descobrindo quer as suas limitações físicas quer até as suas limitações morais e éticas. É algo que é intrínseco à condição humana e por isso Jesus o assumiu de uma forma tão total, expondo-se à crítica e escárnio dos outros, ao sofrimento da paixão e à própria morte.
Mas se o fez e o pôde fazer na sua totalidade é por outra razão que nos é apresentada também pelo profeta Isaías. Jesus confiava em Deus, sabia que estava ao seu lado e não o abandonaria, e por essa razão pôde tornar o seu rosto duro como pedra e suportar no seu corpo todos os sofrimentos que lhe foram infligidos e na sua alma todos os abandonos de amigos e conhecidos.
Para nós, para cada um de nós, esta fé e confiança não podem estar esquecidas nem de forma nenhuma deficitárias, porque sem elas não poderemos dizer aos homens nossos contemporâneos e companheiros de caminhada que Jesus é o Messias. Temos que assumir a condição da nossa finitude e limitações e juntamente com a fé e a esperança poderemos dar testemunho de Jesus Cristo.
Um testemunho que não pode ficar reduzido à palavra, às boas intenções ou formulações de propósitos. A nossa fé em Jesus como Messias exige essas palavras e boas intenções, mas exige também uma realização prática, as obras de que nos fala São Tiago na sua carta.
E aqui temos também o exemplo de Jesus que juntamente com os seus ensinamentos operava os milagres e as curas, mostrando que a palavra sem sinais concretos de realidade é muito menos eficaz. Dar testemunho de Jesus hoje não pode ser de outra forma, não se pode prescindir das obras e muito menos da palavra. Umas e outra clarificarão reciprocamente a suas existências e exigências.
Peçamos assim ao Senhor que nos abra os ouvidos cada dia para escutarmos a sua Palavra e compreendermos o que nos quer dizer; que nos ilumine com essa Palavra a nossa condição de pecadores e sofredores; e confiantes no seu amor e na sua presença ao nosso lado nunca deixemos de deitar a mão às necessidades e sofrimentos dos irmãos, realizando aqui e agora o projecto de salvação.
Sem comentários:
Enviar um comentário