As palavras de
consolação são bastante desastrosas na boca de quem não conheceu por si próprio
a aflição ou não se cansou até ao suor, e mesmo até ao sangue. Quanto mais se tem
essa experiência mais ela é rica e mais as palavras são eficazes.
Carta do Arquimandrita
Sofrónio ao Padre Boris Stark
Ilustração: Ramo com
neve no jardim de Vernier em Genebra.
Frei José Carlos,
ResponderEliminarAo reflectir no “Pensamento do dia” parece-me haver alguma incoerência. Não tenho dúvidas que as palavras de consolação são mais assertivas, mais eficazes, quando há a capacidade de se colocar no lugar do outro, quando a empatia é demonstrada por alguém que viveu ou vive a experiência do sofrimento a vários níveis. Porém, esta experiência não é imprescindível para compreendermos quem sofre, para termos verdadeiras palavras e gestos de conforto, para manifestarmos, sem receios, a nossa solidariedade. As palavras não são necessariamente “bastante desastrosas na boca de quem não conheceu por si próprio a aflição ou não se cansou até ao suor, e mesmo até ao sangue”, como afirma o Arquimandrita Sofrónio. A experiência do sofrimento torna-nos certamente mais atentos aos que sofrem.
Grata, Frei José Carlos, pelas palavras partilhadas que nos fazem reflectir. Que o Senhor o ilumine, o abençoe e o guarde.
Votos de um bom dia, de um bom início de semana, com paz, alegria, confiança e esperança.
Um abraço fraterno e amigo.
Maroa José Silva
O apoio de quem viveu uma experiência, qualquer que seja a sua natureza,é sempre valioso, porque nos transmite não palavras mas vida. É esse o apoio que todos nós esperamos dos nossos amigos, quando lhes abrimos a nossa alma, não é verdade? Inter Pars
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