Uma vez mais encontramos
Jesus na sinagoga a ensinar a um sábado e uma vez mais encontramos os escribas
e fariseus atentos ao que ele diz e faz para se munirem de uma prova de
acusação contra ele.
É neste terreno de
combate, de confronto silencioso, que se vai levantar um homem também ali
presente, um anónimo que subitamente se torna o centro de todas as atenções, quando
Jesus o manda colocar no meio da assembleia da sinagoga.
É um homem que tem uma
mão paralisada, que se encontra portanto incapacitado para realizar as tarefas
mais simples e básicas, algumas delas fundamentais às suas necessidades. É uma
mão que indica as limitações do próprio homem mas igualmente as limitações
impostas ao homem pela lei, pelos escrúpulos no cumprimento do sábado.
Ao interrogar aqueles
fariseus e escribas sobre a possibilidade de fazer o bem ao sábado, e ao curar
o homem da sua mão paralisada, Jesus mostra-se senhor do sábado mas igualmente
senhor da salvação e da cura do homem, de todos os homens, mostra-se como Deus
que é e que vem ao encontro de todos os homens.
O convite de Jesus ao
homem anónimo da assembleia, homem que se encontra com a mão paralisada, é
extremamente significativo e importante para cada um de nós, porque este mesmo
convite se dirige hoje a cada um de nós.
De facto, ainda hoje
Jesus nos pede que nos levantemos do nosso anonimato, que nos coloquemos de pé
no meio da assembleia da humanidade e ainda que com defeitos e limitações, não
deixemos de acreditar e testemunhar a fé naquele que nos manda levantar e
estender a mão.
É este estar de pé,
confiante na acção de Deus nas nossas limitações e fraquezas, na cura que Deus
opera em nós, que pode provocar os outros homens a erguerem-se também e a
esperar a mesma salvação.
Ousemos portanto o
testemunho da fé e da confiança em Jesus Cristo, que nos manda erguer, e
prometeu nunca nos abandonar face aos perigos e desafios da nossa fé.
É essa confiança que nos tem que animar para podermos testemunha-la diante dos homens.Deus prometeu nunca nos abandonar, não foi? Então, porque havemos de duvidar? Homens de pouca Fé, como Pedro? Não creio... Inter Pars
ResponderEliminarFrei José Carlos,
ResponderEliminarLeio o texto da Meditação que teceu e a reflexão sobre o mesmo leva a deter-me em traços largos sobre o nascimento, a vida, a morte, a paixão e a ressureição de Jesus Cristo segundo as Escrituras e o seu significado para cada um de nós.
Sejamos crentes ou não-crentes a condenação da realidade que vivemos não nos conduz a uma vivência radicalmente diferente mas também não podemos deixar de reconhecer que a forma como nos acomodámos, a auto-suficiência de que nos julgamos dotados, a pseudo-realização, a indiferença perante os outros e a morte, têm-nos conduzido a um mundo onde não há lugar para a espiritualidade, para o projecto de Deus.
Talvez seja um lugar comum, mas deixámos de questionar-nos, de interrogar-nos, de inquietar-nos, de buscar em permanência, de perscrutar o invisível de Deus, afastando-nos do Seu caminho.
Como nos salienta, …” ainda hoje Jesus nos pede que nos levantemos do nosso anonimato, que nos coloquemos de pé no meio da assembleia da humanidade e ainda que com defeitos e limitações, não deixemos de acreditar e testemunhar a fé naquele que nos manda levantar e estender a mão.”…
Grata, Frei José Carlos, pelas palavras partilhadas, profundas, que nos desinstalam, por exortar-nos a ousar …” o testemunho da fé e da confiança em Jesus Cristo, que nos manda erguer, e prometeu nunca nos abandonar face aos perigos e desafios da nossa fé.”
Que o Senhor o ilumine, o guarde e o abençoe. Continuação de um bom dia, com paz, alegria confiança e esperança.
Bom início de semana.
Um abraço fraterno e amigo,
Maria José Silva
P.S. Permita-me, Frei José Carlos, que partilhe um link para a oração:Taizé - Jesus le Christ
http://www.youtube.com/watch?v=AqoYsauFa2I