Jesus, ao dizer aos
seus discípulos que serão felizes aqueles que forem encontrados a proceder como
servos fiéis e prudentes, colocados à frente da casa para dar o alimento no
tempo oportuno ao seu senhor, apresenta-nos uma outra e nova bem-aventurança.
Uma bem-aventurança
que obrigatoriamente nos devia sustentar face ao nosso trabalho, aos nossos
cuidados quotidianos. O Senhor confiou-nos na criação o trabalho como forma de colaboração
na sua obra e devíamos estar radiantes de satisfação por podermos colaborar e
contribuir para a obra do nosso criador.
Satisfação que deve
redobrar na medida em que percebemos que esta bem-aventurança encerra em si uma
carga profunda de esperança, porque não só nos fala do mistério que une Deus ao
homem, mas também da fidelidade daquele que vem ao nosso encontro, do Senhor
que vem e espera ser servido.
Esta bem-aventurança
revela-nos um Deus que não vem ao nosso encontro para nos espoliar dos nossos
bens, da nossa alegria e satisfação do alcançado e construído, mas para nos dar
o verdadeiro bem, que é Ele próprio.
Esta bem-aventurança
não nos revela um deus ladrão e ciumento, nem nos carrega de culpabilização
pelo que fazemos e tantas vezes temos que fazer deixando outras coisas para
trás, tantas vezes até o próprio Deus em que acreditamos.
Esta bem-aventurança
revela-nos que somos chamados à fidelidade, ao cuidado, à vigilância, a
perceber que tudo o que fazemos deve estar orientado e iluminado para uma
plenitude que não está na nossa mão mas que nos é oferecida e vamos lançando progressivamente
enquanto a temos presente naquilo que fazemos e construímos.
Que o Senhor nos
encontre felizes naquilo que fazemos neste dia!
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