sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A paixão enraizada no coração do homem

 
Se as pessoas unissem os seus esforços elas poderiam viver sem que nada lhes faltasse. Mas a paixão de dominar, de comandar, está tão enraizada no coração dos homens que é justamente este estado o que lhes parece o normal.
Carta do Arquimandrita Sofrónio ao Padre Boris Stark

Ilustração: Escultura da entrada do Museu Petit Palais em Genebra.

3 comentários:

  1. Unir esforços, reunir energias, dons, saberes,ajuda o homem a ultrapassar dificuldades, incertezas, desânimos. "Ninguém é uma ilha"...Daí a necessidades dos outros para construir o todo.
    Inter Pars

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  2. Unir esforços, reunir energias, dons, saberes,ajuda o homem a ultrapassar dificuldades, incertezas, desânimos. "Ninguém é uma ilha"...Daí a necessidades dos outros para construir o todo.
    Inter Pars

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  3. Frei José Carlos,

    As palavras do Arquimandrita Sofrónio levaram-me a reflectir sobre a razão de ser para alguns dos nossos comportamentos que, por vezes, atingem proporções desmesuradas, subtis, a que nos submetemos, como se fossem normais, sem objectivamente conseguirmos explicar o porquê, ou outras vezes, confiamos que a união faz a força.
    Começarei por citar um filósofo considerado “agnóstico ateu”:“É a ambição de possuir, mais do que outra coisa, que impede os homens de viverem de uma maneira livre e nobre” e “A raiz do mal reside no facto de se insistir demasiado que no êxito da competição está a principal fonte de felicidade”, afirmou Bertrand Russel.
    À medida que o homem foi controlando a natureza e os seres humanos, em que o desenvolvimento da ciência tornou-se um meio não de acesso aos conhecimentos mas um instrumento de dominação, poder e exploração, aliada do poder politico, em particular, a partir da Segunda Guerra Mundial, em que a utilização do nuclear, tornou as relações de poder, sem paralelo, no século passado, que assistimos a uma viragem sem precedentes.
    Na era moderna e no pós-modernismo, em todos os domínios da sociedade, a acção do homem desenrola-se com um domínio maior da natureza e, também no que se reporta ao domínio do Homem, reprimindo as diferentes formas sensíveis do comportamento humano, contrariando a emancipação humana, a sua verdadeira dignidade e dimensão universal, de que os tempos que vivemos, são uma realidade crua e dura que nos faz sofrer.
    Termino citando João Paulo II:“A construção duma nova ordem social pressupõe, além e acima das essenciais capacidades tecnológicas, uma elevada inspiração, uma motivação corajosa, uma fé no futuro do homem, na sua dignidade e no seu destino”.
    No peregrinar da vida que o Senhor nos dê humildade e coragem para sermos capazes de analisar o mais profundo de cada um de nós, nos purifique e que a fé nunca nos abandone e vivendo-a saibamos dar dela, testemunho permanente.
    Grata, Frei José Carlos, pelas palavras partilhadas, que nos desinstalam. Que o Senhor o ilumine, o abençoe e o guarde.
    Bom descanso e bom fim-de-semana, com alegria, paz, confiança e esperança.
    Um abraço fraterno e amigo,
    Maria José Silva

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