sábado, 21 de setembro de 2013

Cristo que me dá esperança

 
Se não tivesse diante de mim a imagem de Cristo, de Cristo na sua vida terrestre, no último dia sobre o Gólgota, tendo junto de si a sua Mãe e João, naquele que é o mais terrível de todos os reveses da história do mundo, eu desesperaria não apenas das minhas relações com as pessoas mas também de mim próprio no plano da eternidade. Contudo agora, permanecendo diante de Cristo, posso guardar uma esperança de uma outra natureza.
Carta do Arquimandrita Sofrónio ao Padre Boris Stark

Ilustração: Crucifixo exposto no Palácio Convento de Mafra.

1 comentário:

  1. Frei José Carlos,

    É Cristo que vive em nós, que está entre nós, que nos dá a Luz, a força, a vontade de recomeçar, sem que receemos permanecer silenciosos ou interrogando-nos. O Senhor alivia a cruz que transportamos, o sofrimento de cada um de nós, fazendo oração connosco, escutando-nos, ouvindo a nossa voz. Não podemos desistir, é a confiança, a esperança em Cristo que nos ajuda a continuar a Caminhada.
    Grata, Frei José Carlos, pelas palavras partilhadas que nos confortam e encorajam, pela bela ilustração. Que o Senhor o ilumine, o abençoe e o guarde.
    Bom descanso e um bom domingo.
    Um abraço fraterno e amigo,
    Maria José Silva

    P.S. Permita-me, Frei José Carlos, que partilhe de novo um poema de Frei José Augusto Mourão.

    da sabedoria
    I
    Deus, dá à nossa vida o amor da sabedoria/que é o amor da vida/o amor do conhecimento do bem e do mal/

    dá à nossa vida a sabedoria dos contrários, da angústia ao riso/do caminho ao cimo/onde tu esperas,/

    Deus, que invocamos neste fim do dia,/ no lusco-fusco das imagens e da fé/
    II

    Deus, Sabedoria dos humildes,/ensina à nossa vida a arte de viver/ a justa relação com o mundo/

    Que a Sabedoria em nós se cumpra/na sociedade do homem e da mulher/com os filhos que os continuam,/
    No leito dos doentes e moribundos/ e todos os que o sofrimento experimentou

    e que a nossa fé seja vivida/como a resposta viva a um desejo,/obedecendo ao apelo de criar/o seu próprio relevo

    assim saberemos acolher o invisível/que nos olha/porque Jesus Cristo, ícone do Deus invisível,/
    imagem desfigurada-transfigurada/nos acolhe/nos cimos da vida/
    e o Espírito Criador nos molda

    (In, “O nome e a Forma”, Pedra Angular, 2009)

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