Eu não posso apreender o outro por mim próprio, mas pelo outro, num
acontecimento, nesse encontro que com o outro cria a capacidade de o receber na
sua alteridade.
Fabrice Hadjadj, Le paradis à la porte, 272.
Ilustração: Grupo de alunos Maristas num momento de descanso na
Peregrinação a Fátima a pé.
Caro Frei José Carlos,
ResponderEliminarApreender, descobrir o outro como ele é, e não através do que somos é uma aprendizagem que se vai fazendo ao longo do peregrinar da vida. Os caminhos que vamos percorrendo e que levam ao encontro que ...” cria a capacidade de o receber na sua alteridade” pressupõe que há uma vida interior que nos permite ir mais além, de dialogar para acolher o Outro e os outros.
Frei Betto recorda-nos que ... “trabalhar a dimensão da alteridade é ser capaz de apreender o outro na plenitude da sua dignidade, dos seus direitos e, sobretudo, da sua diferença”. ... “Daí a dificuldade de entender o outro na sua dimensão”.
Cada um de nós tem uma história única e é isso que faz a identidade de cada um de nós. Saibamos desenvolver a capacidade de “olhar para o outro” mais do que para nós próprios.
Grata, Frei José Carlos, pelas palavras partilhadas que nos desafiam. Que o Senhor o ilumine, o abençoe e o guarde.
Fraternalmente,
Maria José Silva