quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Os fins da arquitectura religiosa

 
A arquitectura religiosa comporta outros fins que a arquitectura profana, os fins espirituais. Uma igreja não é uma sala fechada arejada, iluminada, aquecida, para muitas pessoas. Ela deve produzir sempre um certo efeito de fronteira, nela entra-se num outro mundo. Ao mesmo tempo não é apenas um lugar de partida, qual Finisterra, uma vez que ela abriga a Presença real.
Marie-Alain Couturier

Ilustração: Fonte do Pocito na cripta da igreja de São Domingos em Caleruega.

1 comentário:

  1. Caro Frei José Carlos,

    A igreja tomada em sentido estrito, como local de culto e oração, …” deve produzir sempre um certo efeito de fronteira, nela entra-se num outro mundo”,… como nos refere Marie-Alain Couturier. Porém, essa fronteira deve ser suficientemente ténue para que não constitua uma barreira física ou humana, para que não afaste ninguém que nela queira entrar, recolher-se, estar em comunhão com Jesus Cristo, ou simplesmente encontrar a paz interior, a serenidade, o silêncio, que só aí encontra. Enfim, para que seja um local de refúgio, de espiritualidade, de acolhimento, de fraternidade.
    A igreja é um espaço físico único, …” uma vez que ela abriga a Presença real”, templo em que os fiéis se sentem, em união com Cristo, por meio do Espírito Santo, se tivermos sabido ou podido fazer do nosso interior a morada do Senhor.
    No entanto, a verdadeira dimensão da igreja está para além do espaço físico interior, está do lado de fora, no exterior, no mundo.
    Grata, Frei José Carlos, pelas palavras partilhadas que nos questionam, directa ou indirectamente, pela bela ilustração. Que o Senhor o ilumine, o abençoe e o guarde.
    Votos de um bom dia, com alegria, paz, confiança e esperança.
    Um abraço fraterno e amigo,
    Maria José Silva

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