Maria e José sobem ao
templo para cumprir o rito da apresentação do menino. Para eles é a primeira
vez que tal acontece, mas para aqueles que se encontram no templo, sacerdotes e
funcionários, é apenas mais um na rotina quotidiana.
Contudo, no rebuliço
dessa rotina, eis que duas pessoas se apercebem de algo especial. Simeão e Ana,
que desde há muito esperavam a vinda do Messias, impelidos pelo Espirito apercebem-se
que aquele menino, trazido com carinho e humildade por Maria e José, é o Messias
esperado, o cumprimento de tudo o que lhes tinha sido anunciado pelos profetas.
Que alegria para ambos
encontrarem-se face a face com o Messias, verem na pequenez daquele menino a
acção grandiosa de Deus. Mas que responsabilidade também, pois o tempo de
espera passou à história e é necessário olhar o futuro.
Tendo presente o
futuro, Simeão prepara Maria para os desafios que a esperam e que esperam o
Menino. A dor da perda que como uma espada há-de trespassar-lhe o coração.
Ana, numa atitude mais
universal, mais abrangente, dirige-se a todos e começa a falar do Menino. Que lhes
teria dito? O que anunciaria? Onde estava o extraordinário?
O texto evangélico não
nos diz, mas deixa-nos o desafio da atitude, pois qualquer um, mais velho ou
mais novo, não pode ficar silencioso após o encontro com o Menino. No Mistério
da Incarnação acontece uma tal revolução que é impossível silenciá-la, deixá-la
escondida no silêncio da nossa experiência pessoal.
O encontro com o
Menino provoca-nos na partilha da boa nova, impele-nos a anunciar aos outros
que Deus veio ao nosso encontro, que Deus não nos abandonou, que Deus nos ama
ao ponto de se fazer uma criança para que não o temamos e o acolhamos no nosso
coração e na nossa vida.
A profetisa Ana esperou
até aos oitenta e quatro anos para ver o Menino, para ver cumpridas as
promessas do Messias. Saibamos nós, em cada Natal, não deixar passar a oportunidade
e o momento de nos encontrarmos com o Menino e de partir a anunciá-lo aos
outros.
Tenhamos a coragem e a alegria de não guardar Jesus só para nós mas de O levarmos connosco e de O oferecermos àqueles que nos rodeiam e contam connosco.
ResponderEliminarFrei José Carlos,
ResponderEliminarAo ler este belo texto do Evangelho de São Lucas ,muito profundo e esclarecedor.Obrigada,pelas excelentes palavras partilhadas connosco,gostei muito ,e pela beleza da ilustração.Bem-haja.Que o Senhor o ilumine o guarde e o abençoe.Votos de uma boa semana.Boas saídas e boas entradas.Feliz Ano Novo.Desejo-lhe uma boa tarde.
Um abraço fraterno.
AD
Caro Frei José Carlos,
ResponderEliminarÀ semelhança da profetisa Ana sejamos levados a ir mais além, a ...” anunciar aos outros que Deus veio ao nosso encontro, que Deus não nos abandonou, que Deus nos ama ao ponto de se fazer uma criança para que não o temamos e o acolhamos no nosso coração e na nossa vida”, como nos recorda e convida no texto da Meditação que teceu.
Cada um de nós, ao reflectir, fez algum dia, muitas vezes, essa experiência. Deus está connosco, faz o caminho a nosso lado, ainda que por vezes, estejamos distraídos(as).
Grata, Frei José Carlos, pela partilha. Que o Senhor o ilumine, o abençoe e o guarde.
Desejo ao Frei José Carlos e a todos os crentes e não-crentes um Bom Ano Novo, com saúde, paz, alegria, amor e esperança. Peçamos ao Senhor que nos cumule de todas as bênçãos.
Bom descanso.
Um abraço mui fraterno e amigo,
Maria José Silva