terça-feira, 9 de setembro de 2014

Jesus escolheu doze entre eles. (Lc 6,13)

No Evangelho de São Lucas sempre que Jesus tem algo de importante a realizar retira-se para rezar antes de o fazer. Assim, quando se preparava para escolher os apóstolos, retirou-se para a montanha para rezar e depois dessa noite passada em oração, nesse espaço que nas histórias bíblicas permite o encontro com Deus como aconteceu com Moisés e Elias, Jesus chamou e escolheu os doze.
Doze apóstolos cujo nome conhecemos e em cujo rosto nos podemos rever, pois também nós, cada um de nós, está ali presente e representado. Podemos ser Pedro na sua impetuosidade, João na sua juventude contemplativa, Filipe que interroga e necessita respostas, Judas que tem outras expectativas e acaba por trair o Mestre.
Os doze representam as tribos do povo eleito, a unidade do povo que o Senhor libertou da escravidão do Egipto, mas representam igualmente toda a humanidade nessa unidade primordial patente no momento da criação.
Desta forma, podemos dizer que também nós fomos chamados, cada um de nós, e somos convidados a descer com Jesus para o meio da multidão para distribuir os dons que nos foram confiados, para partilhar a experiência dessa eleição e chamamento que vivemos na intimidade do alto do monte.
Todos nós fomos escolhidos para levar a sua palavra, para permitir que a sua força se faça sentir hoje presente no meio do mundo. O nosso nome pronunciado por Deus apela-nos a essa missão no meio dos nossos irmãos.

 
Ilustração:
“O Sacramento da Ordenação”, de Nicolas Poussin, Colecção do Duque de Rutland, National Gallery, Londres.

Sem comentários:

Enviar um comentário