terça-feira, 7 de março de 2017

Pai nosso que estais nos Céus. (Mt 6,9)

Rezar não é uma tarefa fácil, por vezes torna-se mesmo difícil, como uma prova ou um desafio que não sabemos como ultrapassar, como vencer.
A oração é uma prova de perseverança, de continuidade, uma longa maratona na qual frequentemente não sabemos como e onde colocar os pés, como manter o ritmo para chegar à meta.
A pedido dos discípulos Jesus ensina-lhes como rezar comunicando-lhes apenas o Pai-Nosso, a oração que certamente rezava quando se retirava sozinho para os montes e que os discípulos desejavam conhecer face à vista do que ela produzia naquele que rezava e eles levemente intuíam.
Face à oração do Pai-Nosso, percebemos que a oração não é mais que fazer-se um com Jesus, nós que fomos feitos à sua imagem. Ele é o modelo da nossa imagem, o nosso irmão filho primogénito e por isso não podemos deixar de nos guiar pela sua mão, não podemos deixar de rezar como ele e com as suas palavras.
Rezar exige-nos assim mover-se na oração que Jesus rezava e ensinou, para compreender o que ele compreende, para pedir o que ele pede, para amar como ele ama, para perdoar de todo o nosso coração tal como ele perdoa.
Rezando e seguindo a oração de Jesus somos colocados no seu encalce, integramo-nos no seu seguimento, que fará de nós filhos verdadeiros, filhos muito amados do Pai.
Rezemos pois a oração que Jesus nos ensinou, Pai nosso…

 
Ilustração:
“A Agonia no jardim das oliveiras”, de George Richmond, Yale Center for British Art, New Haven, USA.

2 comentários:

  1. Bela, salutar e tempestiva meditação. Obrigado Frei José Carlos.

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  2. Nunca tinha pensado que o Pai Nosso era uma oração tão completa e que tão bem nos convida à meditação. É que é uma oração de louvor mas também de petição e partilha. Será que somos capazes de lhe dar toda a grandeza que o Senhor lhe colocou? Inter pars

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