quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Sou Eu, o Senhor teu Deus, que te seguro pela mão… (Is 41,13)

Como poderei Senhor temer alguma coisa depois de escutar estas palavras tuas na boca do Profeta Isaías? Como poderei ainda ter medo, duvidar que não estejas comigo e me acompanhas e proteges? Como é possível Senhor…?
Não é um estranho que está comigo, não é alguém distante, não é sequer um deus que me priva da minha liberdade, é o Senhor, aquele que é e sempre será, o que pode dizer sou Eu, Aquele que me criou e deu o ser, porque é, existe e mantém a existência.
E ainda mais que próximo, caminha comigo, estende-me a mão e segura-me para que não vacile, para que não desista, para que não me sinta só. Está comigo e segura-me a mão, para que possa também estender a mão a outros.
A sua mão na minha mão abre-me ao dom e à oferta, não me encerra mas dispõe-me para a entrega. A sua mão na minha mão conforta-me e anima-me, suporta-me e fortalece-me.
Como é possível que alguma vez me tenha sentido só? Como foi possível sentir-me frágil e sem forças, talvez perdido…, se a tua mão me segurava, se a tua mão me encaminhava e guiava.
Senhor meu Deus perdoa-me as vezes que te larguei de mão, que me esqueci de ti, que me esqueci que me levavas como um pai leva o filho pela mão, seguro, cuidado, protegido, amado. Senhor nunca me largues de mão, segura-me forte.

2 comentários:

  1. Bom dia Frei José Carlos,

    Leio, reflicto na Meditação que com tanta humildade partilha connosco. Leio a passagem do Livro de Isaías (41-13-20). O que connosco partilha é o que muitos de nós podiam honestamente escrever, independentemente das opções de vida que fizemos, mesmo aqueles que foram capazes de partir para grandes missões, para o deserto inclusivé. Somos seres humanos, não somos rochas. Somos frágeis. E desses é o Reino de Deus. É normal ter momentos, fases da vida com dúvidas, sentirmo-nos sós, mesmo espiritualmente. É um processo constante ao longo da vida, de luta, mas também estamos mais atentos e compreensivos ao nosso próximo que precisa de nós, da nossa mão, da nossa escuta, da palavra de Deus. E se me permite, passo a citá-lo ...” E ainda mais que próximo, caminha comigo, estende-me a mão e segura-me para que não vacile, para que não desista, para que não me sinta só. Está comigo e segura-me a mão, para que possa também estender a mão a outros.
    A sua mão na minha mão abre-me ao dom e à oferta, não me encerra mas dispõe-me para a entrega. A sua mão na minha mão conforta-me e anima-me, suporta-me e fortalece-me.”
    Frei José Carlos, o Senhor segura-nos sempre, com uma “mão forte” ou de outras formas, sempre invisível, mas sempre presente na “Caminhada” que fazemos.
    Bem haja.
    Um abraço fraterno
    Maria José Silva

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  2. É verdade, Frei José Carlos, nunca estamos sós, Ele caminha a nosso lado e ajuda-noa a dar a mão a outros que connosco caminham. Hoje partiu uma amiga de vida, daquelas que procuram e acreditam na mão que lhe estendemos, há mais de meio século.A sua partilha, a sua oração mais uma vez chegou certa, no momento certo,relembrando que, apesar de tudo, ela não foi esquecida e repousa junto d'Ele.
    Dou graças por este blogue, pela sua mão estendida nas palavras consoladoras que nos oferece e que fazemos nossas.Bem haja.
    GVA

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