domingo, 21 de setembro de 2014

Somos peritos na vida dos outros

 
Nós, seres humanos, somos egoístas por natureza e centramo-nos nos nossos próprios desejos e problemas. Mas na hora de encontrar defeitos nos demais e fazê-los conhecer a todo o mundo, sabemos deixar o próprio eu e aparecemos como os únicos perspicazes. Todos somos peritos nas vidas dos outros e maestros em encontrar as suas faltas.
Jesus Sánchez Adalid

Ilustração: Um dos tritões da fonte de Neptuno dos jardins do Palácio de Queluz.

3 comentários:

  1. Não é verdade que " é mais fácil ver o argueiro mo olho do vizinho que a trave no nosso"? Mas a caridade, o amor fraterno, não pedem exactamente o contrário ? Claro que nem sempre é fácil... Inter Pars

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  2. É tão verdade......que acabo por sentir remorsos.....
    Obrigada por me fazer reflectir...
    Beijinhos
    T

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  3. Caro Frei José Carlos,

    As palavras de Jesus Sánchez Adalid constituem uma explicação fundamentada para todo o género de julgamentos que tão facilmente fazemos dos outros e leva-nos a meditar nos Evangelhos de São Mateus, 7, 1-5 e São João, 8, 15-16.
    Somos únicos, diferentes, não podemos negar que nem todas as atitudes e comportamentos são correctos, que a tensão existe em todas as dimensões e relações da vida. Esquecemos ... de julgar-nos a nós próprios e, com facilidade, por vezes, por ignorância, inveja, orgulho, vamos julgando os outros, pelas aparências, colando-lhe uma etiqueta, abusiva, difícil de retirar ...
    Precisamos ter o discernimento para separ a pessoa do acto, ter a humildade para escutá-la, ouvi-la com compreensão e amor. Mas que difícil sermos coerentes, Frei José Carlos, ainda que saibamos que o “julgamento” dos outros é o pior inmigo da fraternidade e que “Deus é o único que tem capacidade e autoridade para julgar os homens. "…'Deus não vê como o homem vê, o homem vê a aparência, mas Deus sonda o coração" (I Samuel 16.7).
    Que o Senhor nos dê a humildade para não julgar os outros segunda a aparência, mas a graça de amar-nos uns aos outros.
    Grata, Frei José Carlos, pelas palavras partilhadas que nos desinstalam e ajudam a repensar atitudes, comportamentos que podem ferir como se tivêssemos lançado pedras aos outros, de forma pouco reflectida mas que deixam nódoas ... .
    Que o Senhor o ilumine, o abençoe e o guarde.
    Continuação de um bom dia.
    Um abraço mui fraterno,
    Maria José Silva

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