Jesus encontra-se com
os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo e face à sua atitude não pode
deixar de os provocar. Trata-se de tentar uma vez mais um processo de
conversão.
E é nesse sentido que
Jesus apresenta a parábola dos dois filhos que são convidados a ir trabalhar
para a vinha do pai. Se um se nega ao pedido do pai, mas mais tarde vai, o
outro ainda que anuindo ao pedido do pai nunca chega a ir.
Estamos assim perante
uma parábola que nos desafia na resposta à vontade do pai, no acolhimento da
vontade do pai, que se traduz numa fidelidade na acção mais que na palavra dada,
no consentimento manifestado.
A parábola dos dois
filhos convidados a irem trabalhar para a vinha do pai vai no entanto mais longe,
não se limita a uma realização da vontade do pai, ela ensina-nos algo
fundamental sobre a misericórdia, sobre o amor de Deus para com os homens. E devemos
estar atentos a isso.
A parábola ensina-nos
que quaisquer que sejam as nossas acções passadas, Deus não recusa nem afasta
um coração contrito e humilhado, um coração que reconhece os seus erros e
procura ultrapassá-los. Que temos sempre uma oportunidade para cumprir a sua
vontade.
O filho obediente da
parábola, aquele que cumpre a vontade do pai, é o filho que se arrepende e
volta atrás na sua decisão, é aquele que é capaz de perceber o amor do pai
expresso no pedido de trabalho e deixa a sua vontade e liberdade para obedecer
ao pai.
A conversão, a mudança
de vida e de decisão é assim a verdadeira obediência, o verdadeiro acolhimento
da vontade do pai. E esta conversão, esta alteração, provoca em nós uma verdadeira
separação, um golpe decisivo entre o passado e o presente. Há um antes e um
depois.
Neste Advento somos
assim convidados a este golpe, a uma separação das águas entre o passado e o
presente para que dessa forma vivamos verdadeiramente a vontade do Pai. A nossa
conversão é uma abertura, um acolhimento, do trabalho que o Pai nos pede.
“Parábola dos dois filhos”, de Andrey Mironov.
Obrigada, Caro Frei José Carlos, por salientar-nos que o Senhor é um Deus de misericórdia, de Amor, e que ...” quaisquer que sejam as nossas acções passadas, Deus não recusa nem afasta um coração contrito e humilhado, um coração que reconhece os seus erros e procura ultrapassá-los.
ResponderEliminarÉ como afirma ...” Há um antes e um depois.”... Que o Senhor nos ajude no processo de conversão, de abertura, de transformação ao longo da vida, a deixar-nos encontrar por Jesus, levantando-nos nas nossas quedas e, guiando-nos na busca do caminho e da verdade.
Bem-haja por recordar-nos que ...”temos sempre uma oportunidade para cumprir a sua vontade” ..., pelo desafio e convite que nos deixa nesta caminhada conjunta de Advento, pela força e coragem que nos transmite pela reflexão profunda que partilha.
Que o Senhor o ilumine, o abençoe e o guarde.
Bom descanso.
Um abraço mui fraterno,
Maria José Silva
Frei José Carlos,
ResponderEliminarGrata,pela bela partilha,tão profunda para nossa reflexão.Somos convidados neste Advento a uma mudança de vida a uma verdadeira conversão, para que possamos acolher o Senhor que vem a cada um de nós.
Obrigada,Frei José Carlos,pela maravilha de meditação que partilhou connosco e pela beleza da ilustração.Que o Senhor o ilumine o ajude e o abençõe.Bem-haja.
Um abraço fraterno.
AD