sábado, 17 de novembro de 2012

Como um mendigo paciente

 
São Francisco de Sales compara a oração à atitude de um mendigo que espera pacientemente a sua moeda. É preciso permanecer ali, bastante tempo, para que alguém generoso passando pare e abra a sua bolsa. Se o mendigo é cego não verá o seu benfeitor, mas perceberá perfeitamente a moeda a cair na escarcela. Dirá então, obrigado.
Dom Samuel

Ilustração: Rosário do Hábito Dominicano.

1 comentário:

  1. Frei José Carlos,

    «Pedi e recebereis para que a vossa alegria seja completa» (Jo 16, 24). A oração é diálogo, união com Deus e com o Filho por intercessão do Espírito Santo. Na oração estamos diante de Deus como somos, sem máscaras e com generosidade.
    Grata, Frei José Carlos, pelas palavras partilhadas de Dom Samuel, pela bela ilustração, pelo simbolismo do rosário e pela alvura da túnica. Todas as partilhas sãos sempre uma surpresa, um desafio.
    Votos de um bom dia e de um bom fim de semana, com paz, alegria, confiança e esperança.
    Um abraço fraterno,
    Maria José Silva

    P.S. Permita-me que partilhe de novo um poema para rezar.

    POBRES E SILENCIOSOS DIANTE DE TI

    Faltam-nos, por vezes, palavras para rezar. Estamos diante de Ti, Senhor, sem saber bem, numa pobreza que dói.
    Abrimos e fechamos as mãos num monólogo mudo, levantamos o nosso olhar estilhaçado, sentimo-nos perdidos naquela desmesurada distância da parábola do Filho Pródigo …
    Não te peço, Senhor, que elimines de imediato esta carência. Peço que a ilumines. Que não receemos permanecer pobres e silenciosos, diante de Ti. Fazendo oração com os fragmentos, os retalhos, os soluços … Com o peso daquilo que nos esmaga. Pois é verdade que na hora do sofrimento Tu nos escutas, e na desolação não deixas de ouvir a nosssa voz.

    (In, “Um Deus que Dança”, Itinerários para a oração, José Tolentino Mendonça)

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