Neste tempo de Natal
João permanece nas leituras que a Liturgia da Palavra nos oferece e
acompanha-nos no encontro e na descoberta de Jesus.
É junto ao Jordão que
encontramos João a cumprir a sua missão de preparar os caminhos para a vinda do
Messias.
É junto ao Jordão que
o vemos encontrar-se com Jesus, com Jesus que vem ao seu encontro, que vem ao
baptismo de água de que não necessita mas que servirá para a manifestação da
sua glória e da sua identidade.
João tem uma missão
recebida do Alto, e tem consciência dessa missão, mas é a vinda de Jesus ao seu
encontro que lhe permite levar a bom termo a missão, que lhe permite
completá-la através do reconhecimento daquele que é o Cordeiro de Deus que tira
o pecado do mundo.
Depois deste
acontecimento, deste encontro, João pode retirar-se, uma vez que aquele que não
conhecia se lhe manifestou, que o que era antes de si o ultrapassou, uma vez
que viu com os seus olhos o que lhe tinha sido anunciado.
Nas nossas mais
diversas circunstâncias não podemos deixar de assumir que algo de semelhante se
passa connosco, que também nós procuramos anunciar o Senhor, preparar os
caminhos para a sua vinda, para a sua manifestação.
Contudo, para que o
possamos apontar e identificar aos outros temos que estar atentos e perceber
que também na nossa vida Jesus vem até nós, que Jesus vem ao nosso encontro
para que o reconheçamos, para que o acolhamos, e só depois o identifiquemos aos
outros.
Há como que um
trabalho complementar, um processo em simultâneo, em que a possibilidade do
anúncio de Jesus aos outros se relaciona estreitamente com o nosso encontro pessoal,
com o reconhecimento de Jesus que vem até nós.
Procuremos pois ver as
formas diversas e quotidianas como Jesus vem até nós, vem ao nosso encontro, e
reconhecendo o amor expresso nesse encontro, procuremos anunciá-lo e apresentá-lo
com alegria e convicção, com a certeza de que a nossa palavra nos precede no
amor do mesmo Jesus e no seu desejo de encontro com todos os homens
Caro Frei José Carlos,
ResponderEliminarNo peregrinar da vida de cada um de nós, o diálogo que somos capazes de estabelecer com Jesus Cristo, a capacidade de acolhê-Lo, assim como o outro, nosso irmão, a procura e a dádiva dO encontro, assumem, formas simples e múltiplas. Fomos, regra geral, formatados para o que foi pré-estabelecido. Sejamos capazes de assumir-nos como somos e que o caminho da Luz, da esperança e da escuta nunca nos abandonem.
Grata, Frei José Carlos, pela partilha da Meditação que nos ajuda a reflectir, por recordar-nos que ...” também na nossa vida Jesus vem até nós, que Jesus vem ao nosso encontro para que o reconheçamos, para que o acolhamos, e só depois o identifiquemos aos outros.”…
Que o Senhor o ilumine, o abençoe e o guarde.
Bom fim-de-semana. Bom descanso.
Um abraço fraterno e amigo,
Maria José Silva