Querer experimentar tudo é não apreender de nada o sabor. O desejo de
tudo experimentar antes de partir, tão difuso entre os desejos pretendidos,
enraíza-se num niilismo: nenhum ser neste mundo tem profundidade ou
consistência, e este mesmo mundo não é mais vasto que uma prisão, uma vez que
todos os possíveis são susceptíveis de serem atingidos.
Fabrice Hadjadj, Le paradis à la porte, 52.
Ilustração: Nora de poço de rega junto à Ermida da Senhora da Lapa
Caro Frei José Carlos,
ResponderEliminarO Homem quando não procura um sentido para a sua existência é levado ao vazio, a algumas formas de niilismo. Nada lhe dá satisfação, daí “o desejo de tudo experimentar antes de partir”. Porém, acreditar que Jesus Cristo é o Caminho dá sentido à nossa existência e aprendemos a saborear o pouco, o possível, a descentrar-nos, a libertar-nos do que nos aprisiona, a amar o Outro e os outros.
À medida que vamos aprofundando e enriquecendo a vida interior, conseguimos mais facilmente mergulhar nela e ir buscar nas profundidades desse mar imenso a força, a “água” que precisamos para continuar.
Grata, Frei José Carlos, pelas palavras partilhadas que nos ajudam a reflectir. Obrigada pela ilustração tão simbólica. Que o Senhor o ilumine, o abençoe e o guarde.
Um abraço fraterno,
Maria José Silva