sábado, 12 de abril de 2014

O fruto


Quando comeres o fruto da árvore lembra-te daquele que plantou a árvore.
Provérbio vietnamita

Ilustração: Flor do jardim do Convento de Cristo Rei no Porto.

1 comentário:

  1. Caro Frei José Carlos,

    Observei várias vezes a flor que partilha e que os conhecimentos rudimentares de botânica que ainda consigo recordar não me permitem classificá-la (boca de leão? ou de lobo?). Mas a tonalidade da mesma e o verde que a rodeia desafia-me para a procura e partilha de um poema em que possamos ir mais além da primavera. Ainda que a primavera que vivemos se mostre, por vezes, cinzenta, podemos apreciar à medida que os dias se sucedem, sinais do que o Criador nos oferece e se renova.
    Grata, Frei José Carlos, pela bela partilha que nos interroga e consola. Que o Senhor o ilumine, o abençoe e o guarde.
    Votos de um bom Domingo de Ramos na Paixão do Senhor.
    Bom descanso.
    Um abraço mui fraterno e amigo,
    Maria José Silva

    1

    Olho a oriente/com os pés no ocidente./Que palavra leve!

    2

    Trepa a primavera/pelo perfume lilás/a cobrir o muro.

    3

    Desperta a noite;/o orvalho enche a manhã./Um cheiro a saudade.

    4

    Hera pelo muro/rastejando palmo a palmo – /o verde e o viço.

    5

    Ao abrir do sol,/se espreguiça o amarelo/pelas maravilhas.

    6

    Na outra colina,/do lado de lá do ver,/é que os sonhos pastam.

    Luísa Freire
    In O tempo de perfil, ed. Assírio & Alvim

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