quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Frei Manuel de São José Forjais

Prosseguimos a apresentação de figuras históricas da Província de Portugal da Ordem dos Pregadores. Desta feita apresentamos os registos feitos relativamente a frei Manuel de São José, que no século se chamava Manuel Forjais Pereira Pimentel Silva de Meneses e era filho do Conde da Feira. São registos da sua tomada de hábito como pupilo, do inicio do seu noviciado e da sua profissão religiosa.
A imagem é o assento da sua profissão religiosa, assinada pelo Prior do Convento de São Domingos de Lisboa, frei Veríssimo de Lima, mais tarde Prior Provincial, pelo Mestre de Noviços frei Alberto de São Tomás e pelo próprio professo frei Manuel de São José.

1703.Março.29
Tomada de hábito de pupilo em São Domingos de Lisboa.
Aos 29 de Março de 1703 anos tomou o hábito de pupilo o irmão Frei Manuel de São José filho do Conde da Feira que no século se chamava D. Manuel Forjais Pereira Pimentel Silva de Meneses, e tomou o dito hábito das mãos do Nosso Muito Reverendo Padre Mestre Provincial Frei João Baptista Marinis, em fé de que assinei aqui dia mês e ano ut supra.
Frei Manuel de Jesus, Mestre de Noviços

1708.Junho.3
Inicio do Noviciado
O irmão pupilo Frei Manuel de São José começou o seu ano de Noviciado em três de Junho de 1708 dia em que se celebrou o Mistério da Santíssima Trindade e se fez a festa da Rosa, e no dia antecedente declarou o Padre Prior deste convento o Padre Mestre Frei Manuel de Brito, que no dia dito da Santíssima Trindade começava o tal irmão o ano de aprovação, em fé do que fiz este assento, dia, mês, ano, ut supra.
Frei Alberto de São Tomás, Mestre de Noviços

1709.Junho.10
Profissão simples de frei Manuel de São José
Aos dez do mês de Junho de 1709 das três para as quatro horas da tarde, professou por filho deste Convento de São Domingos de Lisboa o irmão Frei Manuel de São José, aliás Forjais, filho do Conde da Feira, sendo Provincial desta Província o Muito Reverendo Padre Mestre Frei Manuel de Sena, e Prior deste Convento o Muito Reverendo Padre Presentado Frei Veríssimo de Lima, em cujas mãos professou, e Mestre de Noviços o Padre Frei Alberto de São Tomás, ao qual lhe foi dito que pela profissão se obrigava a estreita obediência de nossas Constituições e Regra e que se em algum tempo se achasse que ele tinha raça ou alguma coisa que encontrasse a disposição que nossas Constituições ordenam ficaria a profissão nula, o que ele ratificou, em fé do que fiz este assento. São Domingos de Lisboa, 12 de Junho de 1709.
Frei Veríssimo de Lima, Presentado e Prior
Frei Alberto de São Tomás, Mestre de noviços
Frei Manuel de São José

3 comentários:

  1. Bom dia Frei José Carlos,

    Obrigada pelo resultado dos estudos que nos vai disponibilizando, pelo interesse e pela disponibilidade que sempre manifesta. Ficamos a conhecer mais da história, do passado dos Dominicanos.
    Que Jesus o abençõe e o ilumine.Não o esquecemos nas nossas orações.
    Um abraço fraterno.
    MJS

    P.S. Posso perguntar-lhe se existem estatísticas ou trabalhos realizados sobre a origem social dos Dominicanos? Obrigada. MJS

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  2. Boa Tarde Maria José
    Antes de mais o meu agradecimento pelos seus cumprimentos e pela sua fiel companhia e atenção.
    Quanto ao que me pergunta devo responder-lhe que desconheço, embora isso se deva também a uma grande lacuna que existe relativamente ao levantamento sistemático da população conventual dominicana. Para além do Repertório do Século XVI, elaborado pelo falecido frei António do Rosário, tudo o mais é informação dispersa e por vezes escassa, pois não temos assim tantos livros de Profissões ou Admissões como aquele do qual vou retirando as informações que apresento aqui no blogue.
    Ainda assim, e pelo que conheço por alguma dessa informação dispersa, posso dizer-lhe que havia membros de todos os extractos sociais, que depois se reflectiam no interior da própria vida da Ordem e nos oficios que desempenhavam. Assim, se alguns membros da nobreza chegavam a ocupar cargos e oficios de governo, havia aqueles que eram originários do povo e que nunca chegavam a esses cargos, ocupando-se apenas dos oficios mais simples e ordinários da vida comunitária. De alguma forma, e sem qualquer tipo de preconceito, é inevitavel que digamos que os dominicanos eram uma ordem de elites, nem que seja apenas no que diz respeito aos membros do governo.
    Um abraço fraterno
    Frei José Carlos, OP

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  3. Boa noite Frei José Carlos,

    Agradeço sensibilizada as palavras que me dirige e a resposta à questão que coloquei. A informação que disponibiliza é importante, sem escamotear a realidade. Todos somos necessários e importantes mesmo quando realizamos trabalhos muitas vezes considerados “menores” e que são tão necessários, imprescindíveis, seja na vida religiosa ou no seio da sociedade civil e que não sabemos dignificar. Como o Frei José Carlos nos lembra sempre que se proporciona, cada um de nós participa na construção do Reino de Deus segundo os “dons” que recebemos.
    Continuação de bom trabalho, e estou(amos) muito grata(as) (os) pela participação do Frei José Carlos, nesta nova forma de Evangelização (cibernética).
    Bem haja Frei José Carlos.
    Um abraço fraterno,
    MJS

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