Recebi a sua carta na
qual me pede que lhe envie o relato da minha conversão. São experiências
íntimas que preferimos em geral guardar para nós. Mas desde que pensa que este
relato pode servir à salvação das almas, não me encontro mais no direito de o recusar.
Paul Claudel ao
dominicano frei M. Barge
Ilustração: Gallus Platz em Saint Gallen no dia 9 de
Fevereiro de 2013.
Frei José Carlos,
ResponderEliminarHoje pela manhã ao ler este belo "Pensamento do dia"tão profundo e cheio de sentido,gostei muito da partilha de Paul Claudel ao dominicano frei M.Barge,achei duma humildade tão grande ,como ele mesmo o diz se este relato pode servir à salvação das almas,não me encontro mais no direito de o recusar.Saibamos partilhar com os nossos irmãos tudo aquilo que os pode ajudar,a prosseguir a sua caminhada neste tempo de quaresma.Obrigada ,Frei José Carlos,pela partilha maravilhosamente bela e pela beleza da ilustração.Que o Senhor o ajude o ilumine e o abençoe.Bem-haja.Desejo-lhe um bom dia .Um bom trabalho .
Um abraço fraterno.
AD
Frei José Carlos,
ResponderEliminarO “Pensamento do Dia” sobre o pedido do relato de conversão de Paul Claudel pelo dominicano Frei M. Barge fez-me reflectir. Inicialmente, interroguei-me se o processo de conversão seja de quem for, pode ser útil aos outros. Para além de um processo individual que muitas vezes nem conseguimos saber em que momento(s) se iniciou e/ou retomou, é um processo que se faz ao longo da vida, feito de avanços e retrocessos para alguns de nós. Porém, relendo alguns excertos do relato, há dificuldades que Paul Claudel encontrou que podem ser-nos de grande utilidade e que nos dão coragem.
Grata, Frei José Carlos, pela partilha, de grande espiritualidade e importância, sempre e, em especial, neste período Quaresmal. Que o Senhor o guarde e o abençoe.
Bom descanso.
Um abraço fraterno,
Maria José Silva
P.S. Permita-me que cite uma das Odes de Paul Claudel.
A CONVERSÃO DE PAUL CLAUDEL
ODE de Paul Claudel (1868-1955)
"Ó meu Deus, lembro-me dessas trevas em que estávamos face a face; essas sombrias tardes de inverno em Notre-Dame. Eu, sozinho, bem no fundo da igreja, alumiando a face do grande Cristo de bronze com uma vela de cinco vinténs. Todos os homens estavam contra nós – a ciência, a razão – e eu não respondia nada. Só a fé estava em mim, e eu Vos olhava em silêncio; como um homem que prefere o seu amigo.”