quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Eu estou no meio de vós! (Mt 18,20)

Há cinquenta anos, quando o Segundo Concílio Vaticano publicou a Constituição sobre a Liturgia, uma das referências evangélicas para falar da presença de Cristo enquanto a Igreja canta e reza foi esta passagem do Evangelho de São Mateus, “eu estou no meio de vós”.
Referência extremamente significativa no que representa de alegria e de confiança, de esperança e poder, pois afinal quando estão dois ou três reunidos em nome de Jesus ele está presente no meio deles, ele reza e canta com eles.
Neste sentido, de cada vez que nos reunimos para celebrar a Eucaristia, para rezar as Vésperas ou Laudes, quando nos reunimos para cantar ou rezar ao nosso Pai do Céu, o nosso coração devia exultar de alegria e confiança, a nossa convicção devia ser forte e firme, pois entre nós está aquele que reza continuamente ao Pai, está connosco aquele que apresentou a oferenda perfeita por todos nós.
Ainda que possam ser distintos os nossos espíritos e estados de alma, uns podemos rezar na tristeza enquanto outros rezam na alegria, todos devíamos estar marcados por esse sentido de que não estamos sós e partilhamos com Jesus as nossas palavras, a nossa dor ou a nossa alegria.
Jesus reza connosco ao Pai e as palavras que podemos formar no nosso coração e expressar nos nossos lábios são ecos produzidos pelo Espirito da oração que Jesus dirige ao Pai connosco e por nós. Portanto, que o medo de não saber o que dizer, como rezar, não nos impeça de nos aproximarmos daquele que reza no meio de nós.

 
Ilustração: “A bênção da mesa”, de Fritz von Uhde, Alte Nationalgalerie, Berlim.

2 comentários:

  1. É por isso que é importante que a comunidade se reúna para rezar.

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  2. Frei José Carlos,

    Como nos afirma, …” Jesus reza connosco ao Pai e as palavras que podemos formar no nosso coração e expressar nos nossos lábios são ecos produzidos pelo Espirito da oração que Jesus dirige ao Pai connosco e por nós. (...)
    (…) não estamos sós e partilhamos com Jesus as nossas palavras, a nossa dor ou a nossa alegria.”…
    Grata, Frei José Carlos, pelas palavras partilhadas, de grande espiritualidade, que nos ajudam a tornar confiantes, que nos confortam, por exortar-nos em todas as circunstâncias a …” nos aproximarmos daquele que reza no meio de nós”.
    Que o Senhor o ilumine, o abençoe e o guarde.
    Bom descanso.
    Um abraço fraterno,
    Maria José Silva

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