Diz-nos o Evangelho
que Pedro não sabia o que dizia quando no alto do monte Tabor, no momento da transfiguração,
disse a Jesus como era bom estar ali.
Podemos assumir a
crítica do Evangelho se tivermos em conta que o discípulo se propunha fazer uma
tenda para Moisés, para Elias e para o Jesus glorioso que contemplava.
Contudo, esta crítica
deixa de ter sentido, e a afirmação do discípulo ganha uma outra dimensão, se
tivermos em conta que pouco antes Pedro tinha professado a fé em Jesus como o Ungido
de Deus, o Messias.
A transfiguração de
Jesus no alto do monte Tabor é assim de certa forma, e nomeadamente para Pedro,
a confirmação da sua profissão de fé, a confirmação da resposta dada à pergunta
de Jesus “quem dizeis que eu sou”.
Pedro tem assim razões
para estar contente, satisfeito com o que vê, tem razões para querer continuar
ali, ou seja, confirmado na sua fé no Jesus Messias de Deus não quer perder essa
fé, não quer perder a confirmação. Permanecer ali é a garantia de não se ter
equivocado.
Neste sentido, Pedro é
para cada um de nós um convite, um exemplo a seguir. Face à nossa profissão de
fé em Jesus nosso Salvador e Redentor somos aliciados a permanecer, a querer
permanecer junto de Jesus, a fazer a experiência da sua glória.
Tal como Pedro, deveríamos
poder dizer “Senhor como é bom estar aqui” quando fazemos a experiência de estarmos
com Jesus. A nossa relação e união com Jesus deveriam conduzir-nos à alegria e
ao desejo de permanecer para além de tudo.
Certamente falta-nos
ainda qualquer coisa para que tal aconteça, falta-nos subir um pouco mais ao
monte da intimidade e da oração. Que este tempo de verão possa ajudar-nos a
aproximar-nos um pouco mais da experiência da glória, para que possamos dizer
também nós, “Mestre como é bom estar aqui”.
Ilustração: “Transfiguração”,
de Francesco Zuccarelli, Kunsthaus Lempertz.
Frei José Carlos,
ResponderEliminarÉ importante ler e saborear o texto da Meditação que elaborou e que nos permite ter uma leitura crítica e compreender a afirmação de Pedro segundo o Evangelho de São Lucas. Como nos afirma…” Tal como Pedro, deveríamos poder dizer “Senhor como é bom estar aqui” quando fazemos a experiência de estarmos com Jesus. A nossa relação e união com Jesus deveriam conduzir-nos à alegria e ao desejo de permanecer para além de tudo.”… Por vezes, Frei José Carlos, é um longo caminho a percorrer para que possamos, com profundidade e alegria, no quotidiano, fazer tal afirmação. Saibamos seguir o exemplo de Pedro, como nos propõe.
Como nos salienta, …” Certamente falta-nos ainda qualquer coisa para que tal aconteça, falta-nos subir um pouco mais ao monte da intimidade e da oração.”…
Que o silêncio e a oração nos purifiquem e ajudem nas nossas noites a escutar e a descobrir a presença do Senhor como “o brilho da estrela que anuncia a amanhã”.
Grata, Frei José Carlos, pelas palavras partilhadas, de grande espiritualidade, ilustradas com beleza, pelo estímulo e pela confiança que nos transmitem.
Que o Senhor o ilumine, o abençoe e o guarde.
Continuação de boa semana. Bom descanso.
Um abraço fraterno,
Maria José Silva
P.S. Tive um problema com a internet e volto a tentar inserir o comentário. Peço desculpa, Frei José Carlos, pelo sucedido. MJS
Pelo que creio, o magnífico testemunho transmitido nesta Escritura, é símbolo de acção, de Deus, como numa contínua orientação das recordações do Santos Apóstolos, que de forma a evangelizar, se multiplicaram, como conduzidos por São Pedro, e em Jesus revendo-se como Seu único e verdadeiro Deus. Que Ilumina a Terra Inteira. E deixa-nos na Sua magnífica Paz em Imagem de Salvação e Glória, que continua pelos séculos dos séculos iluminando do Senhor a Benção e o nosso testemuho. Como na presença dos que assim são deixados, na magnífica Escritura que São Lucas nos descreve.
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