Um dia estendemos a mão e buscámos o fruto. Estava lá, ao alcance, proibido.
Estendemos a mão e fechou-se a porta.
Um anjo e uma espada guardam a passagem
O fogo impede-nos que voltemos.
Estendemos as mãos e perdemos.
Partimos então de mãos vazias, estendidas,
Buscando sempre
O doce sabor do fruto perdido.
Vagueámos, vagueámos e…
Novamente nos vimos face à árvore.
E o fruto ali à mão.
Alguém sem saber nos abre a porta.
A lança em fogo se faz chave.
E sangue e água correm mananciais
Duma sede morta com vinagre.
Tenho sede!
A fonte nasce dessa sede e nesse lado aberto.
Para os sedentos de mão estendida.
Estende a tua mão, toma o fruto cobiçado!
Está à tua disposição, agora.
Não temas, mesmo que não vejas.
Está aqui, oferecido, disponível, entregue.
O fruto, a árvore, a porta,
Tudo para ti sedento viandante.
Estende a tua mão!
Sê crente!
Frei José Carlos,
ResponderEliminarObrigada pela partilha da Meditação de hoje: texto profundo, belo, de exortação. Bem aventurados os que acreditaram e os que acreditam sem verem, para quem os olhos da fé chegam para ver o Invisível, Jesus Cristo.
Permita-me que transcreva algumas das linhas com que termina este belo poema.
…”Não temas, mesmo que não vejas.
Está aqui, oferecido, disponível, entregue.
O fruto, a árvore, a porta,
Tudo para ti sedento viandante.
Estende a tua mão!
Sê crente!”
Obrigada por nos exortar e encorajar a prosseguir, apesar das nossas inseguranças, dificuldades, o Caminho de fidelidade a Jesus. Bem haja, Frei José Carlos.
Um abraço fraterno
Maria José Silva