HOMILIA do DIA
Depois de terem rezado, tremeu o lugar onde estavam reunidos, todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a anunciar com firmeza a palavra de Deus. (Act 4,31)
É com estas palavras que termina a leitura dos Actos dos Apóstolos que escutámos, palavras que não podem deixar de nos interpelar e ecoar na nossa consciência.
Pelo que ouvimos, e sabemos, é um momento difícil para os Apóstolos, para o grupo daqueles que seguiam Jesus e anunciavam a sua ressurreição. Pedro e João tinham sido presos e interrogados, havia um clima de perseguição e violência com o objectivo muito claro de silenciar a boa nova que eles anunciavam e que colocava os poderes instituídos em causa. É um momento de perigo, certamente de poucas esperanças e de bastante desalento.
Ainda assim, é neste ambiente e com esta realidade presente que os Apóstolos realizam algo que humanamente tem muito pouco de efectivo, de produtivo. Reúnem-se para rezar, para louvar a Deus e pedir a confiança que lhes permita enfrentar os perigos que por todos os lados os espreitam.
Para nós hoje, enquanto Igreja, enquanto comunidade religiosa, enquanto crentes, não pode deixar de ser uma atitude que nos interpele, que nos faça pensar no que estamos a fazer e o que estamos a fazer com a nossa oração.
É verdade assente que a Igreja deve estar no mundo, que não pode nem deve alhear-se das realidades humanas e sociais que a rodeiam. Na oração pelos seus discípulos Jesus pediu ao Pai que protegesse os que eram seus, não queria que os retirasse do mundo, mas que os protegesse. Neste sentido não é possível a um cristão estar fora do mundo, qualquer espiritualidade que o defenda ou proponha é pura alienação.
Contudo, esta constatação não pode nem deve fazer esquecer que estando no mundo, estamos com uma missão, e uma missão que deve ser significativa, interpelante, que deve mostrar que outro mundo é possível. E é aqui que a oração assume um papel importante, como assumiu para os Apóstolos no momento em que a sua vida e missão estava em perigo.
A oração é capaz de dar essa ousadia, essa confiança e coragem que deu aos Apóstolos, é capaz de dar um extra de sentido ao que fazemos, à missão a que nos dedicamos. Num momento cultural e social em que os símbolos e o simbólico estão de regresso, em que os homens e mulheres sentem uma sede de divino, seja ele qual for, a oração pode ajudar-nos a dar essa significativade de que a nossa vida tantas vezes está carenciada e anda falha, pode ajudar-nos a dar uma resposta a estes homens e mulheres que buscam uma resposta para as sua vidas.
Não é uma resposta alienante ou alienada, bem pelo contrário, é uma resposta bastante humana e encarnada, na qual assumimos perante Deus as nossas dificuldades, os nossos problemas, as nossas falhas e fraquezas, bem como o que é dos outros.
Santa Catarina de Sena, como os Apóstolos é para nós um exemplo. Foi uma mulher que se viu envolvida nas grandes questões políticas do seu tempo. Nos últimos anos de vida e segundo o que nos contam escrevia desenfreadamente ao Papa e a reis, pedindo-lhes a paz e a unidade da Igreja. Contudo, e apesar desse ritmo alucinante, que a levou à morte com 33 anos, nunca deixou a sua oração e nela pedia por todos os que conhecia ou lhe pediam. E àqueles que eram os seus filhos espirituais recomendava, como ao Beato Raimundo de Cápua, que por onde andassem nunca abandonassem a sua cela interior. O tempo e o modo de estar presente com Deus.
Mas para tal, para essa cela interior estar aberta, era necessário um cuidado exterior, uma disciplina de oração comunitária e pessoal que não se podia abandonar. Só com ela e com a misericórdia de Deus a cela interior podia ser frequentada. Peçamos a Deus a sua misericórdia e nós apliquemo-nos a exercitar a oração, a não a abandonar.
É com estas palavras que termina a leitura dos Actos dos Apóstolos que escutámos, palavras que não podem deixar de nos interpelar e ecoar na nossa consciência.
Pelo que ouvimos, e sabemos, é um momento difícil para os Apóstolos, para o grupo daqueles que seguiam Jesus e anunciavam a sua ressurreição. Pedro e João tinham sido presos e interrogados, havia um clima de perseguição e violência com o objectivo muito claro de silenciar a boa nova que eles anunciavam e que colocava os poderes instituídos em causa. É um momento de perigo, certamente de poucas esperanças e de bastante desalento.
Ainda assim, é neste ambiente e com esta realidade presente que os Apóstolos realizam algo que humanamente tem muito pouco de efectivo, de produtivo. Reúnem-se para rezar, para louvar a Deus e pedir a confiança que lhes permita enfrentar os perigos que por todos os lados os espreitam.
Para nós hoje, enquanto Igreja, enquanto comunidade religiosa, enquanto crentes, não pode deixar de ser uma atitude que nos interpele, que nos faça pensar no que estamos a fazer e o que estamos a fazer com a nossa oração.
É verdade assente que a Igreja deve estar no mundo, que não pode nem deve alhear-se das realidades humanas e sociais que a rodeiam. Na oração pelos seus discípulos Jesus pediu ao Pai que protegesse os que eram seus, não queria que os retirasse do mundo, mas que os protegesse. Neste sentido não é possível a um cristão estar fora do mundo, qualquer espiritualidade que o defenda ou proponha é pura alienação.
Contudo, esta constatação não pode nem deve fazer esquecer que estando no mundo, estamos com uma missão, e uma missão que deve ser significativa, interpelante, que deve mostrar que outro mundo é possível. E é aqui que a oração assume um papel importante, como assumiu para os Apóstolos no momento em que a sua vida e missão estava em perigo.
A oração é capaz de dar essa ousadia, essa confiança e coragem que deu aos Apóstolos, é capaz de dar um extra de sentido ao que fazemos, à missão a que nos dedicamos. Num momento cultural e social em que os símbolos e o simbólico estão de regresso, em que os homens e mulheres sentem uma sede de divino, seja ele qual for, a oração pode ajudar-nos a dar essa significativade de que a nossa vida tantas vezes está carenciada e anda falha, pode ajudar-nos a dar uma resposta a estes homens e mulheres que buscam uma resposta para as sua vidas.
Não é uma resposta alienante ou alienada, bem pelo contrário, é uma resposta bastante humana e encarnada, na qual assumimos perante Deus as nossas dificuldades, os nossos problemas, as nossas falhas e fraquezas, bem como o que é dos outros.
Santa Catarina de Sena, como os Apóstolos é para nós um exemplo. Foi uma mulher que se viu envolvida nas grandes questões políticas do seu tempo. Nos últimos anos de vida e segundo o que nos contam escrevia desenfreadamente ao Papa e a reis, pedindo-lhes a paz e a unidade da Igreja. Contudo, e apesar desse ritmo alucinante, que a levou à morte com 33 anos, nunca deixou a sua oração e nela pedia por todos os que conhecia ou lhe pediam. E àqueles que eram os seus filhos espirituais recomendava, como ao Beato Raimundo de Cápua, que por onde andassem nunca abandonassem a sua cela interior. O tempo e o modo de estar presente com Deus.
Mas para tal, para essa cela interior estar aberta, era necessário um cuidado exterior, uma disciplina de oração comunitária e pessoal que não se podia abandonar. Só com ela e com a misericórdia de Deus a cela interior podia ser frequentada. Peçamos a Deus a sua misericórdia e nós apliquemo-nos a exercitar a oração, a não a abandonar.
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