segunda-feira, 20 de abril de 2009

MEMÓRIA DE SANTA INÊS DE MONTE PULCIANO


SANTA INÊS DE MONTE PULCIANO

Se o mês de Abril, para os Dominicanos, pode ser dedicado a Santa Catarina de Sena, uma vez que começa e termina com festas desta santa, não podemos deixar passar nesta data a memória de uma outra santa dominicana e à qual Santa Catarina de Sena chamava de sua mãe gloriosa. É Santa Inês de Monte Pulciano.

Inês nasceu em Gracchiano, na Itália em 1268. Entrou para o mosteiro de Monte Pulciano com nove anos apenas e aos 15 era nomeada Prioresa do Mosteiro de Procena, para onde tinha sido levada por uma religiosa mais velha e sua directora espiritual. Esta nomeação tão precoce deve-se ao indulto do Papa Nicolau IV.
Poucos anos mais tarde regressa a Monte Pulciano, para levar a cabo uma reforma no mosteiro, colocando-o definitivamente sob a autoridade e direcção da Ordem Dominicana.
Inês morreu a 20 de Abril de 1317, no seu mosteiro de Monte Pulciano, depois de uma vida de austeridade e ascese. A sua fama de santidade levou a que em 1435 o seu corpo fosse trasladado para a igreja dominicana de Orvieto. Em 1726, o Papa Bento XIII, um outro dominicano canonizou-a como Santa da Igreja.
Entre os muitos acontecimentos e milagres da sua vida, conta-se um que tem influência na sua iconografia. Assumimos o relato do Agiológio Dominicano do século XVIII.
Tais eram as delícias e espirituais doçuras que neste santo exercício da oração recreavam a alma da Bem Aventurada prioresa (Santa Inês), que embelezado nelas o seu espírito as manifestava exteriormente em forma de doce maná, por lhe não caberem já no interior. Caía-lhe este, ou para melhor dizer, chovia-lhe sobre o manto em forma de puríssimo orvalho, quando orava, e cada gota formava uma estrela que se terminava em cruz.
Eram estas semelhanças misteriosas significações ou de quanto suaves lhe eram as cruzes ou de que as doçuras do céu não se acham nesta vida separadas da cruz.
Particular foi esta deliciosa chuva do maná no dia em que como esposa de Cristo havia de receber o sagrado véu, por mão do bispo, no mosteiro de Procena
”.[1]

[1] LIMA, Fr. Manuel de – Agiológio Dominico, Tomo II. Lisboa, Officina de António Pedrozo Galrram, 1710, 97.

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