No dia
da Festa da Exaltação da Santa Cruz, o Comentário de São Tomás ao Evangelho de
São João deixa-nos algumas sugestões bem interessantes para vivermos este dia e
esta Festa de uma forma mais consciente da sua dimensão e significado.
“O facto que Cristo
tenha levado a sua cruz, se é para os ímpios e os descrentes um grande motivo
de escárnio, é contudo para os crentes e para os homens piedosos um grande
mistério. ‘A linguagem da cruz é loucura para aqueles que se perdem, mas para
aqueles que se salvam, para nós é, poder de Deus’ (1 Cor 1,18).
Cristo transporta a
sua cruz como um rei o seu ceptro ao peito da glória que é o seu poder
universal sobre todas as coisas. ‘O Senho reina. Ele recebeu o poder sobre os
ombros, e será chamado conselheiro maravilhoso, Deus forte, Pai eterno, Príncipe
da Paz’ (Is 9,6).
Ele a transporta como
o vencedor transporta o troféu da sua vitória. ‘Despojando os principados e as
autoridades conduziu-os cativos com bravura, triunfando sobre eles por si
próprio’ (Col 2,15).
Ou ainda como um
doutor que transporta o candelabro no qual deverá ser colocada a vela da sua
doutrina, porque a linguagem da Cruz é poder de Deus para os crentes. “Ninguém
acende uma lâmpada para a colocar sob o alqueire, mas para a colocar no
candelabro para que todos vejam a sua luz’ (Lc 11,33)."
Para São Tomás a Cruz
é assim o candelabro onde é colocada a luz que é o próprio corpo de Cristo, e a
crucifixão uma lição de iluminação.
Contemplando a Cruz de
Jesus procuremos a luz que dela se desprende e pode iluminar a nossa vida em
todos os seus desafios.
Ilustração: Cristo na
cruz com São Domingos e Santa Catarina de Sena, de Anthony van Dyck.
Frei José Carlos,
ResponderEliminarGrata pela partilha das sugestões extraídas do Comentário de São Tomás ao Evangelho de São João no dia da Festa da Exaltação da Santa Cruz.
Façamos nossas as palavras de Frei José Carlos e …” Contemplando a Cruz de Jesus procuremos a luz que dela se desprende e pode iluminar a nossa vida em todos os seus desafios.”
Que o Senhor o abençoe e o guarde.
Um abraço fraterno,
Maria José Silva