Jesus convida-nos ao mesmo esforço, ao mesmo empenho, embora a passagem não esteja completamente nas nossas mãos, pois é uma graça, uma oferta do amor de Deus e que nos foi alcançada pelo sacrifício de Jesus, pela doação da sua vida. Fomos resgatados por um alto preço.
Neste sentido, o nosso esforço de passagem pela porta estreita, é um esforço no sentido do acolhimento, um esforço no sentido do emagrecimento do nosso egoísmo e do nosso egocentrismo para que a passagem se agilize. O nosso esforço deve ser no sentido da configuração com o formato da porta para por ela passarmos.
E o formato da porta é o próprio Jesus, que se nos apresentou como porta, como caminho, como verdade e como vida. Necessitamos por isso ir trabalhando a forma como acolhemos o dom de Deus, o bilhete de passagem que nos é oferecido em Jesus Cristo. É esse esforço que nos é solicitado.
E inversamente ao que nos foi possibilitado ver pelas imagens da reportagem televisiva, o nosso esforço por passar a porta estreita, por alcançar a felicidade eterna, não pode ser alcançado pelo aniquilamento do outro, pelo seu espezinhamento, mas bem pelo contrário pela cedência do lugar e da vez, pela preferência do outro à nossa vitória.
Como diz Jesus, não é porque comemos ou bebemos com ele, ou porque escutámos os seus ensinamentos, que seremos conhecidos e passados pela porta estreita, mas sim porque não praticámos a iniquidade, ou seja não fomos injustos, não faltámos à verdade do outro, não praticámos a aniquilação do outro. O outro é a chave da porta estreita.
Que o nosso coração acolha o dom de Deus, a passagem que nos oferece em Jesus e a chave do amor aos nossos irmãos, para nos sentarmos todos à sua mesa.
Frei José Carlos,
ResponderEliminarFico a reflectir no texto da Meditação que teceu e partilha e no Evangelho segundo S.Mateus (5,1-12a), texto do Dia de Todos os Santos, e neles encontro um caminho a percorrer, dinâmico, a perseverar, uma proposta para uma purificação do olhar, do coração. E Jesus pede-nos essa pureza de coração, para que sejamos livres, simples, não calculistas nas relações com os outros, falar verdade, não deturpar a realidade, a coerência da palavra e da acção, a participação na construção da paz, o combate da injustiça, o respeito da dignidade do outro. Vencer o individualismo, para pensar o outro, viver a dimensão social.
Como nos afirma …” o nosso esforço de passagem pela porta estreita, é um esforço no sentido do acolhimento, um esforço no sentido do emagrecimento do nosso egoísmo e do nosso egocentrismo para que a passagem se agilize. O nosso esforço deve ser no sentido da configuração com o formato da porta para por ela passarmos.
E o formato da porta é o próprio Jesus, que se nos apresentou como porta, como caminho, como verdade e como vida. Necessitamos por isso ir trabalhando a forma como acolhemos o dom de Deus, o bilhete de passagem que nos é oferecido em Jesus Cristo. É esse esforço que nos é solicitado. (…)
(...) O outro é a chave da porta estreita.”
Grata, Frei José Carlos, pela partilha, profunda, simbolicamente ilustrada, pela coragem revelada, pela determinação e confiança que nos transmite, por exortar-nos a …” Que o nosso coração acolha o dom de Deus, a passagem que nos oferece em Jesus e a chave do amor aos nossos irmãos, para nos sentarmos todos à sua mesa.” Que o Senhor o abençoe e proteja.
Um abraço fraterno,
Maria José Silva
Boa tarde, sou evangelico, pastor da Assembléia de Deus. Queria parabenizar o autor por um comentário tão edificante desta passagem dos Evangelhos.
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