sexta-feira, 8 de junho de 2012

A multidão escutava com prazer o que Jesus dizia. (Mc 12,37)

Várias passagens dos Evangelhos, e em várias circunstâncias, dizem-nos que a multidão escutava Jesus.
Umas vezes é porque Jesus fala com autoridade e por isso a multidão reconhece que é um profeta, alguém com mais sabedoria que os doutores da lei e os escribas.
Outras vezes, como no caso desta passagem do Evangelho de São Marco, o povo escutava com prazer, o que não é estranho uma vez que tinham diante de si a Palavra feita carne.
Este prazer de escutar desafia-nos hoje, não só porque nos custa escutar os outros, não temos tempo, não temos paciência, mas sobretudo porque necessitamos escutar aquilo que Deus nos vai dizendo.
Necessitamos parar, fazer silêncio, para escutar a Palavra, e perceber como diz São Paulo a Timóteo que a Escritura pela fé em Cristo Jesus é útil para ensinar, para persuadir, para corrigir e para formar segundo a justiça.
Pela escuta atenta da Palavra poderemos preparar-nos para todas as boas obras e alcançar a perfeição que corresponde ao homem de Deus, como também diz São Paulo a Timóteo.
Procuremos pois escutar a Palavra de Deus, a Escritura Sagrada, mesmo quando ela se nos apresente enigmática, questionável, porque nela alcançaremos a sabedoria que conduz à salvação.

Ilustração: “Santo Agostinho lendo as Epistolas de São Paulo”, fresco de Benozzo Gozzoli.

1 comentário:

  1. Frei José Carlos,

    Bem-haja por exortar-nos a ...” parar, fazer silêncio, para escutar a Palavra, e perceber como diz São Paulo a Timóteo que a Escritura pela fé em Cristo Jesus é útil para ensinar, para persuadir, para corrigir e para formar segundo a justiça.”…
    Façamos nossas as palavras de Frei José Carlos e …” Procuremos pois escutar a Palavra de Deus, a Escritura Sagrada, mesmo quando ela se nos apresente enigmática, questionável, porque nela alcançaremos a sabedoria que conduz à salvação”.
    Que o Senhor o abençõe e o guarde. Votos de um bom fim-de –semana.
    Um abraço fraterno,
    Maria José Silva


    P.S. Permita-me que volte a partilhar um poema para rezar.

    POBRES E SILENCIOSOS DIANTE DE TI


    Faltam-nos, por vezes, palavras para rezar. Estamos diante de Ti, Senhor, sem saber bem, numa pobreza que dói.
    Abrimos e fechamos as mãos num monólogo mudo, levantamos o nosso olhar estilhaçado, sentimo-nos perdidos
    naquela desmesurada distância da parábola do Filho Pródigo …
    Não te peço, Senhor, que elimines de imediato esta carência. Peço que a ilumines. Que não receemos permanecer pobres e silenciosos, diante de Ti. Fazendo oração com os fragmentos, os retalhos, os soluços … Com o peso daquilo que nos esmaga. Pois é verdade que na hora do sofrimento Tu nos escutas, e na desolação não deixas de ouvir a nosssa voz.

    (In, “Um Deus que Dança”, Itinerários para a oração, José Tolentino Mendonça)

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