O “Libellus de principiis Ordinis Praedicatorum” de Jordão de Saxónia
Jordão de Saxónia nasceu em 1180, dez anos depois de São Domingos, em Burgsberg, hoje actual Alemanha. Era oriundo de uma família nobre e por isso foi enviado para Paris para realizar ali a sua formação académica e universitária.
Era em Paris que se encontrava quando no verão de 1219 passou por ali São Domingos para visitar o recém fundado convento dos frades pregadores, mais tarde conhecido por convento de Saint-Jacques.
Jordão foi escutar a sua pregação e por causa dessa pregação um ano mais tarde estava a tomar o hábito dos dominicanos e pouco depois representava esse mesmo convento de Paris no que foi o primeiro Capítulo Geral da Ordem celebrado em Bolonha.
No ano de 1221 é nomeado Prior Provincial da Lombardia e quando São Domingos morre nesse mesmo ano é eleito Mestre da Ordem, cargo que ocupou durante dezasseis anos.
Jordão de Saxónia morreu num naufrágio no Mediterrâneo oriental, quando regressava de visitar os conventos que entretanto se tinham estabelecido na Terra Santa.
Como nos diz no prólogo do seu Libellus, da sua história de São Domingos, conviveu com o fundador da Ordem muito pouco tempo, apenas os três últimos anos de vida daquele. Por isso quando se propõe, devido aos vários pedidos dos irmãos, redigir a história e a vida do fundador e dos primeiros irmãos que o acompanharam, vai alicerçar a sua narração não só naquilo que viu e ouviu pessoalmente, mas sobretudo no que ouviu de outros irmãos, daqueles que acompanharam Domingos nos primeiros momentos da fundação da Ordem e foram testemunhas das alegrias e dificuldades vividas.
A intenção de Jordão de Saxónia, ainda que utilizando os testemunhos directos, é de fazer uma obra de história, poderíamos dizer com qualidade científica. Hoje sabemos que o seu trabalho não está isento de erros, mas ainda assim é a primeira e a mais absoluta fonte para o conhecimento de São Domingos. Tudo o que foi escrito depois não pôde nem pode deixar de a ter em conta.
Num ambiente de veneração por São Domingos, o processo de canonização estava iniciado e a previsão de uma boa conclusão era legitima, Jordão de Saxónia não deixa de narrar a vida de São Domingos de uma forma simples, discreta, numa forma muito distante de um livro hagiográfico. E ainda que se encontre algum tipo de veneração na narração dos acontecimentos, a grande preocupação é procurar fazer uma obra de historiador. É isso que demandam e exigem os irmãos que querem saber as origens. A existência de testemunhas vivas desses momentos urge a aplicação e o trabalho, pois de contrário não ficará nada para além da ignorância dos tempos.
Mas para além do objectivo histórico, Jordão de Saxónia, como Mestre da Ordem, tem um outro objectivo, objectivo esse que se encontra no prólogo da obra e que ainda hoje nos motiva e deve motivar sempre que queremos contar a história de São Domingos.
“Quanto segue, amadíssimos irmãos e filhos, foi reunido sobretudo para vossa edificação e consolo, recebei-o devotamente e ardei em desejos de emular a primeira caridade dos nossos frades.”
Escrever, ler, conhecer, a vida de São Domingos deve servir para nos edificarmos e ardermos em desejos de criativa fidelidade e amorosa semelhança.
Jordão de Saxónia nasceu em 1180, dez anos depois de São Domingos, em Burgsberg, hoje actual Alemanha. Era oriundo de uma família nobre e por isso foi enviado para Paris para realizar ali a sua formação académica e universitária.
Era em Paris que se encontrava quando no verão de 1219 passou por ali São Domingos para visitar o recém fundado convento dos frades pregadores, mais tarde conhecido por convento de Saint-Jacques.
Jordão foi escutar a sua pregação e por causa dessa pregação um ano mais tarde estava a tomar o hábito dos dominicanos e pouco depois representava esse mesmo convento de Paris no que foi o primeiro Capítulo Geral da Ordem celebrado em Bolonha.
No ano de 1221 é nomeado Prior Provincial da Lombardia e quando São Domingos morre nesse mesmo ano é eleito Mestre da Ordem, cargo que ocupou durante dezasseis anos.
Jordão de Saxónia morreu num naufrágio no Mediterrâneo oriental, quando regressava de visitar os conventos que entretanto se tinham estabelecido na Terra Santa.
Como nos diz no prólogo do seu Libellus, da sua história de São Domingos, conviveu com o fundador da Ordem muito pouco tempo, apenas os três últimos anos de vida daquele. Por isso quando se propõe, devido aos vários pedidos dos irmãos, redigir a história e a vida do fundador e dos primeiros irmãos que o acompanharam, vai alicerçar a sua narração não só naquilo que viu e ouviu pessoalmente, mas sobretudo no que ouviu de outros irmãos, daqueles que acompanharam Domingos nos primeiros momentos da fundação da Ordem e foram testemunhas das alegrias e dificuldades vividas.
A intenção de Jordão de Saxónia, ainda que utilizando os testemunhos directos, é de fazer uma obra de história, poderíamos dizer com qualidade científica. Hoje sabemos que o seu trabalho não está isento de erros, mas ainda assim é a primeira e a mais absoluta fonte para o conhecimento de São Domingos. Tudo o que foi escrito depois não pôde nem pode deixar de a ter em conta.
Num ambiente de veneração por São Domingos, o processo de canonização estava iniciado e a previsão de uma boa conclusão era legitima, Jordão de Saxónia não deixa de narrar a vida de São Domingos de uma forma simples, discreta, numa forma muito distante de um livro hagiográfico. E ainda que se encontre algum tipo de veneração na narração dos acontecimentos, a grande preocupação é procurar fazer uma obra de historiador. É isso que demandam e exigem os irmãos que querem saber as origens. A existência de testemunhas vivas desses momentos urge a aplicação e o trabalho, pois de contrário não ficará nada para além da ignorância dos tempos.
Mas para além do objectivo histórico, Jordão de Saxónia, como Mestre da Ordem, tem um outro objectivo, objectivo esse que se encontra no prólogo da obra e que ainda hoje nos motiva e deve motivar sempre que queremos contar a história de São Domingos.
“Quanto segue, amadíssimos irmãos e filhos, foi reunido sobretudo para vossa edificação e consolo, recebei-o devotamente e ardei em desejos de emular a primeira caridade dos nossos frades.”
Escrever, ler, conhecer, a vida de São Domingos deve servir para nos edificarmos e ardermos em desejos de criativa fidelidade e amorosa semelhança.
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