Celebramos neste domingo a festa da Ascensão do Senhor ao céu. A leitura que escutámos dos Actos dos Apóstolos é o texto que mais desenvolve este acontecimento, acontecimento que não encontramos relatado nem no Evangelho de São João nem no Evangelho de São Mateus. Face a esta constatação ficamos até com a impressão que os discípulos que acompanharam Jesus, que conviveram com Jesus não acharam muito importante esta elevação ao Céu.
E a verdade é que para Jesus este acontecimento não é por si muito significativo, o importante e verdadeiramente significativo foi a ressurreição e por isso é que nem Mateus nem João falam da ascensão, porque para eles foi de facto a ressurreição o momento da ascensão. Isso se pode constatar quando Jesus se encontra com Maria Madalena e lhe diz “deixa-me porque ainda não subi para o meu Pai e vosso Pai”.
A ascensão de Jesus ao céu, como momento final da sua passagem pela condição humana, é importante para a comunidade dos crentes, dos discípulos de Jesus e para cada um dos crentes em particular, e por isso é que o celebramos com uma festa particular, para salientar essa importância e a sua dimensão.
Um primeiro ponto a considerar nesta celebração e a partir deste momento é que desde já o homem, cada um de nós, tem junto de Deus um advogado de defesa. E um advogado que tem conhecimento da nossa condição de seres finitos, de seres frágeis e limitados e por isso mesmo é capaz de se compadecer por nós e de interceder por nós junto do Pai.
Ainda neste aspecto temos que considerar que à direita de Deus Pai se sentou o Filho, mas sentou-se com Ele a nossa natureza humana e por assim dizer cada um de nós. Ora isto deve dar-nos uma grande confiança, uma grande esperança, mas também um sentido muito forte da responsabilidade que tal facto acarreta. Como filhos de Deus, como seres divinos, que partilham da natureza e eternidade divina, a nossa vida, os nossos comportamentos e os nossos valores não podem continuar a ser os valores do mundo, da finitude e da nossa condição de pecadores. Temos que agir e devemos agir como filhos de Deus procurando como Jesus na sua condição humana conformar o mundo à vontade do Pai, aos planos de salvação e de felicidade de Deus.
O segundo ponto a considerar a partir da ascensão de Jesus ao céu é o seu mandamento de evangelização, de anúncio da sua boa nova a todos os homens. Ao partir para junto do Pai, Jesus deixa aos seus discípulos o mandato de anunciarem o seu amor a todos os homens. E nós como discípulos devemos levá-lo a cabo não só por ser um mandamento seu, o mandamento da despedida, mas porque temos consciência da nossa natureza, dessa realidade divina de que falava antes.
Como seres que somos filhos de Deus, que conhecemos o projecto de amor de Deus, que fazemos a experiência desse mesmo amor, não podemos deixar de anunciar o projecto de Deus, como diz São Paulo não podemos deixar de dar razões da nossa esperança, da esperança a que fomos chamados.
E para o fazer temos que ter em atenção um equilíbrio tenso, uma realidade que se prende a dois pólos opostos e de que a pergunta dos anjos aos discípulos “porque estais a olhar para o céu” é a expressão mais veemente.
Para anunciar Jesus Cristo, o projecto de salvação de Deus, temos que olhar para o céu, temos que fazer a experiência pessoal e intima da revelação de Deus. Ninguém pode anunciar aquilo que não tem, aquilo que não vivenciou e fez vida sua. Só depois disso o anúncio terá credibilidade, terá aceitação, porque já não será um discurso retórico, mas será um testemunho, e um testemunho é muito mais comunicador.
Contudo, e esta é uma das grandes tentações, podemos reduzir o nosso testemunho a uma breve experiência, a um breve momento, refugiando-nos nessa outra experiência da intimidade com Deus. Ao fazê-lo estamos a contradizer o mandamento de Deus, que nos mandou anunciar e portanto devemos no nosso dia a dia, na nossa vida procurar encontrar esse equilibro, essa capacidade que nos permite encontrarmo-nos com Deus para fazer a experiência da sua intimidade, mas que nos permite também ter tempo e disponibilidade para comunicar aos outros o fruto dessa intimidade e relação pessoal.
É este o grande desafio desta festa e celebração da ascensão de Jesus ao céu. Peçamos ao Senhor que nos ilumine para encontrarmos o equilíbrio adequado.
E a verdade é que para Jesus este acontecimento não é por si muito significativo, o importante e verdadeiramente significativo foi a ressurreição e por isso é que nem Mateus nem João falam da ascensão, porque para eles foi de facto a ressurreição o momento da ascensão. Isso se pode constatar quando Jesus se encontra com Maria Madalena e lhe diz “deixa-me porque ainda não subi para o meu Pai e vosso Pai”.
A ascensão de Jesus ao céu, como momento final da sua passagem pela condição humana, é importante para a comunidade dos crentes, dos discípulos de Jesus e para cada um dos crentes em particular, e por isso é que o celebramos com uma festa particular, para salientar essa importância e a sua dimensão.
Um primeiro ponto a considerar nesta celebração e a partir deste momento é que desde já o homem, cada um de nós, tem junto de Deus um advogado de defesa. E um advogado que tem conhecimento da nossa condição de seres finitos, de seres frágeis e limitados e por isso mesmo é capaz de se compadecer por nós e de interceder por nós junto do Pai.
Ainda neste aspecto temos que considerar que à direita de Deus Pai se sentou o Filho, mas sentou-se com Ele a nossa natureza humana e por assim dizer cada um de nós. Ora isto deve dar-nos uma grande confiança, uma grande esperança, mas também um sentido muito forte da responsabilidade que tal facto acarreta. Como filhos de Deus, como seres divinos, que partilham da natureza e eternidade divina, a nossa vida, os nossos comportamentos e os nossos valores não podem continuar a ser os valores do mundo, da finitude e da nossa condição de pecadores. Temos que agir e devemos agir como filhos de Deus procurando como Jesus na sua condição humana conformar o mundo à vontade do Pai, aos planos de salvação e de felicidade de Deus.
O segundo ponto a considerar a partir da ascensão de Jesus ao céu é o seu mandamento de evangelização, de anúncio da sua boa nova a todos os homens. Ao partir para junto do Pai, Jesus deixa aos seus discípulos o mandato de anunciarem o seu amor a todos os homens. E nós como discípulos devemos levá-lo a cabo não só por ser um mandamento seu, o mandamento da despedida, mas porque temos consciência da nossa natureza, dessa realidade divina de que falava antes.
Como seres que somos filhos de Deus, que conhecemos o projecto de amor de Deus, que fazemos a experiência desse mesmo amor, não podemos deixar de anunciar o projecto de Deus, como diz São Paulo não podemos deixar de dar razões da nossa esperança, da esperança a que fomos chamados.
E para o fazer temos que ter em atenção um equilíbrio tenso, uma realidade que se prende a dois pólos opostos e de que a pergunta dos anjos aos discípulos “porque estais a olhar para o céu” é a expressão mais veemente.
Para anunciar Jesus Cristo, o projecto de salvação de Deus, temos que olhar para o céu, temos que fazer a experiência pessoal e intima da revelação de Deus. Ninguém pode anunciar aquilo que não tem, aquilo que não vivenciou e fez vida sua. Só depois disso o anúncio terá credibilidade, terá aceitação, porque já não será um discurso retórico, mas será um testemunho, e um testemunho é muito mais comunicador.
Contudo, e esta é uma das grandes tentações, podemos reduzir o nosso testemunho a uma breve experiência, a um breve momento, refugiando-nos nessa outra experiência da intimidade com Deus. Ao fazê-lo estamos a contradizer o mandamento de Deus, que nos mandou anunciar e portanto devemos no nosso dia a dia, na nossa vida procurar encontrar esse equilibro, essa capacidade que nos permite encontrarmo-nos com Deus para fazer a experiência da sua intimidade, mas que nos permite também ter tempo e disponibilidade para comunicar aos outros o fruto dessa intimidade e relação pessoal.
É este o grande desafio desta festa e celebração da ascensão de Jesus ao céu. Peçamos ao Senhor que nos ilumine para encontrarmos o equilíbrio adequado.
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