MAIO MÊS MARIANO DOMINICANO
Iniciamos hoje o mês de Maio, mês tradicionalmente dedicado à Virgem Maria. Nas nossas notas diárias seguiremos este tema, dedicando portanto algumas palavras e reflexões à Virgem Maria e ao seu papel na história da Salvação.
Contudo, e como Maio é também o mês da festa da trasladação de São Domingos, procuraremos ilustrar essas reflexões e palavras com a espiritualidade da Ordem, apresentando alguma da que foi e é a devoção mariana dominicana.
A par destas reflexões e apresentações abordaremos também algum tema mais concretamente dominicano, inserindo-o na vida de São Domingos, pois Maio é também um mês dominicano pela festa que celebramos.
Hoje apresentamos um pequeno relato que fundamenta mais um dos painéis de azulejos que decoram as paredes da igreja de São Paulo de Almada, que em outros tempos foi convento dominicano. É uma história, uma mais, que demonstra a tradição e a devoção da Ordem dominicana à Virgem Maria.
“Tancredo nasceu em Siena, ilustre mãe de santos, no ano de 1185, de nobilíssimos progenitores da família Tancredi, os quais o aplicaram ao estudo das letras, primeiro na universidade de Bolonha e depois na de Paris, onde com grande crédito e fama se graduou doutor. Tornando à pátria, o mandou a sua república por embaixador à corte de Frederico, para quietar algumas discórdias.
Concluiu o negócio tão felizmente que o Imperador o armou cavaleiro, declarando-o juntamente gentil-homem da sua casa. Voltando ao próprio país carregado de honras e aplausos foi recebido pelo povo com novas estimações.
Chegou pouco depois o nosso pai São Domingos de passagem por aquelas partes, sendo já aprovada em Roma a sua religião, e pregou alguns dias com grande fruto. Teve Tancredo a fortuna de o ouvir uma vez e ficou mais preso do que viu que do que tinha ouvido, porque estando o santo pregando notou que à sua mão direita tinha a Maria Santíssima, a qual lhe sugeria o que havia de pregar, e que acabado o sermão, voltando-se para ele lhe disse: “Tancredo, junta-te a este meu fiel servo Domingos, segue as suas pisadas e não te apartes mais dele.”
Ouvindo o afortunado varão esta ordem da Rainha do Anjos obedeceu logo, pediu o hábito com grande espírito ao Santo Patriarca, que com suas mãos lho lançou.”[1]
[1] LIMA, Frei Manuel de – Agiológio Dominico. Tomo III. Lisboa, Oficina de António Pedrozo Galram, 1710, 633-634.
Iniciamos hoje o mês de Maio, mês tradicionalmente dedicado à Virgem Maria. Nas nossas notas diárias seguiremos este tema, dedicando portanto algumas palavras e reflexões à Virgem Maria e ao seu papel na história da Salvação.
Contudo, e como Maio é também o mês da festa da trasladação de São Domingos, procuraremos ilustrar essas reflexões e palavras com a espiritualidade da Ordem, apresentando alguma da que foi e é a devoção mariana dominicana.
A par destas reflexões e apresentações abordaremos também algum tema mais concretamente dominicano, inserindo-o na vida de São Domingos, pois Maio é também um mês dominicano pela festa que celebramos.
Hoje apresentamos um pequeno relato que fundamenta mais um dos painéis de azulejos que decoram as paredes da igreja de São Paulo de Almada, que em outros tempos foi convento dominicano. É uma história, uma mais, que demonstra a tradição e a devoção da Ordem dominicana à Virgem Maria.
“Tancredo nasceu em Siena, ilustre mãe de santos, no ano de 1185, de nobilíssimos progenitores da família Tancredi, os quais o aplicaram ao estudo das letras, primeiro na universidade de Bolonha e depois na de Paris, onde com grande crédito e fama se graduou doutor. Tornando à pátria, o mandou a sua república por embaixador à corte de Frederico, para quietar algumas discórdias.
Concluiu o negócio tão felizmente que o Imperador o armou cavaleiro, declarando-o juntamente gentil-homem da sua casa. Voltando ao próprio país carregado de honras e aplausos foi recebido pelo povo com novas estimações.
Chegou pouco depois o nosso pai São Domingos de passagem por aquelas partes, sendo já aprovada em Roma a sua religião, e pregou alguns dias com grande fruto. Teve Tancredo a fortuna de o ouvir uma vez e ficou mais preso do que viu que do que tinha ouvido, porque estando o santo pregando notou que à sua mão direita tinha a Maria Santíssima, a qual lhe sugeria o que havia de pregar, e que acabado o sermão, voltando-se para ele lhe disse: “Tancredo, junta-te a este meu fiel servo Domingos, segue as suas pisadas e não te apartes mais dele.”
Ouvindo o afortunado varão esta ordem da Rainha do Anjos obedeceu logo, pediu o hábito com grande espírito ao Santo Patriarca, que com suas mãos lho lançou.”[1]
[1] LIMA, Frei Manuel de – Agiológio Dominico. Tomo III. Lisboa, Oficina de António Pedrozo Galram, 1710, 633-634.
Li e comentei com os alunos do 7º Ano.
ResponderEliminarFoi muito interessante.
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