O Convento de São Pedro de Sintra para além de casa de formação dos noviços portugueses foi também um centro dinâmico de evangelização da juventude, sobretudo através da assistência que o Padre Gerardo Reed prestou à Juventude Operária Católica.
Assim, encontramos ao longo dos três anos de existência do Convento várias referências à passagem de grupos jocistas pelo convento, bem como de outros grupos que se faziam acompanhar dos seus assistentes.
Logo no início de 1950, um mês após a abertura, fazem retiro no Convento um grupo de doze jovens jocistas acompanhados e orientados pelo seu Assistente Geral o Padre José Maria Freitas, que ainda nesse mesmo ano fará a sua profissão de Terceiro Dominicano, adoptando o nome de frei Tomás.
Na fotografia identificam-se o Padre Reed, o Padre Assistente José Maria Freitas, o Padre Gaudrault, o Padre Sylvain e o padre Bartolomeu Martins.
Um mês mais tarde é a vez de um outro grupo, composto de vinte e cinco jovens que chegam ao convento para aí fazer o seu retiro. Foi também uma oportunidade para confraternizarem com os noviços da comunidade.
Na fotografia identificam-se o Padre Assistente José Maria Freitas, e os noviços frei Gonçalo Manuel Vaz, frei Pedro Augusto Leitão, frei Raimundo Gonzaga atrás do frei Pedro e na extremidade do grupo frei Rosário Mendes da Fonseca.
Em Junho outro grupo da Juventude Operária Católica realizará ali também o seu retiro e em Setembro são cerca de trinta universitários parisienses que visitam a quinta e ali fazem um piquenique.
Já perto do final de 1951, em Novembro, chega um grupo de escuteiros franceses que montam o seu acampamento na quinta do Convento. E em Dezembro alguns elementos da JIC fazem ali o seu retiro, bem como alguns dias mais tarde trinta estudantes do Colégio Clenardo.
A vinte e seis de Fevereiro de 1952 é um grupo da JEC, composto de dezasseis rapazes, todos eles estudantes do Clenardo que inicia o seu retiro no espaço do Convento. E um mês mais tarde, em Março, chegam trinta rapazes do Colégio São João de Brito acompanhados de dois sacerdotes Jesuítas para fazerem o seu retiro.
Em Abril, na véspera do Domingo de Ramos, são dezanove rapazes da JUC que chegam ao convento para realizarem o retiro espiritual da Quaresma.
Na fotografia um grupo de Jocistas entre os quais se encontra Carlos Santos, mais tarde frei Reginaldo Carlos Santos.
Para além destes retiros e encontros sabemos também que havia uma forte participação na procissão que o convento organizava todos os meses pela quinta em honra de Nossa Senhora do Rosário. E em vários momentos de aniversários ou homenagens estiveram presentes na vida interna da comunidade.
Por este conjunto de grupos podemos perceber o trabalho realizado, um trabalho que não deixou de ser louvado e apreciado, pois tanto o Assistente Padre José Maria Freitas como o Cardeal Patriarca Manuel Cerejeira testemunharam o apreço que tinham pelo trabalho e empenho do Padre Gerardo Reed.
Contudo, o melhor louvor foi dado pelas vocações que ali nasceram como a do Frei Reginaldo Carlos Santos.Na fotografia identifica-se o Padre Gerardo Reed e abraçando-o o jocista Carlos Santos, que mais tarde viria a ser frei Reginaldo Carlos.
Neste sentido do trabalho desenvolvido é interessante notar que num artigo, que o Padre Joseph Agius escreve, para tentar angariar fundos juntos das comunidades católicas americanas, relata o trabalho árduo do Padre Reed junto da Juventude Católica e de como isso lhe retira muitas horas de sono, pois aqui em Portugal as reuniões começam sempre muito tarde.
“Father Reed has been appointed the Chaplain of the Young Catholic Workers of the Diocese of Lisbon. For ten years, in Canada, he was busy raising the necessary funds to keep the 33 Canadian Dominican Missionaries in Japan supplied with what they needed. But busy as he was, his activity now on behalf of the Young Catholic Workers makes his speed in Canada seem like slow motion. It is no exaggeration to say that he is on the go day and night. Meetings for men start late in Portugal, around 9 p.m., and so it is midnight and after al least twice each week before Father Reed gets to bed.
Frei José Carlos,
ResponderEliminarFoi com satisfação e alegria que li e apreciei as fotografias dos vários grupos que usufruíram da formação, assistência, convívio e fraternidade que se vivia no Convento de São Pedro de Sintra. Na realidade, o espaço proporcionava-se mas o dinamismo e o empenho foram determinantes. Os tempos que vivemos não são comparáveis mas o espírito de abertura e o dinamismo que se vivia no Convento de São Pedro de Sintra faz reflectir.
Se me permite observo de uma forma muito bela a fraternidade que alguns elementos dos grupos manifestavam no abraço dado sem receios.
Obrigada, Frei José Carlos, pela partilha deste interessante texto e das belas fotografias a preto e branco. Bem-haja.
Um abraço fraterno,
Maria José Silva